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Saúde

Dia Mundial de Luta contra o Cancro: Directora Regional da Saúde emite mensagem

Por: Matshidiso Moeti
No dia 4 de Fevereiro, a Organização Mundial da Saúde junta-se aos protagonistas da luta contra o cancro em todo o mundo para comemorar o dia consagrado a esta causa. 2020 assinala o ano em que a campanha trienal “Eu sou, Eu vou” atinge metade do seu percurso. Foi lançada com o intuito de incentivar indivíduos, grupos, comunidades e líderes a mobilizarem-se contra o cancro e evitar assim milhões de mortes prematuras.
Anívelmundial,umaemcadacincopessoasédiagnosticadacomcancroantesdechegaraos 75 anos. No entanto, a taxa de incidência tem vindo a crescer à medida que a esperança de vida aumenta e os padrões da doença mudam. Prevê-se que a carga do cancro na Região Africana passe de mais de um milhão de novos casos em 2018 a mais de dois milhões de casos até 2040. Na África Subsaariana, as mortes imputáveis ao cancro aumentaram 13% desde 2012, sendo responsáveis por 506 568 mortes em2018.
Os tipos de cancro com maior incidência são os do colo do útero, da mama, do fígado e da próstata e, juntos, representam mais de um terço de todas as mortes resultantes desta patologia na Região Africana em 2018. A África regista a carga de cancro do colo do útero mais elevada nas regiões da OMS e os resultados obtidos em matéria de saúde para as crianças com cancro (onde se destacam a leucemia e o linfoma não Hodgkin) estão entre os piores do mundo.
Oacessoarastreiosetratamentosprecocesélimitadoemmuitospaíses,especialmentepara crianças, mulheres e pessoas idosas. A fraca cobertura vacinal e os factores de risco, como o uso nocivo do álcool, também contribuem fortemente para a carga do cancro naRegião.
NaOMS, estamos a colaborar com os governos e os parceiros para melhorar a disponibilidade de medicamentos e tecnologias, bem como para reforçar as capacidades dos agentes de saúde  e das comunidades no combate ao cancro e na prestação de cuidados aos doentes.Os governos estão a implementar programas de intervenção contra o cancro nas estratégias nacionais, nos pacotes de benefícios de saúde e nos regimes de segurança social, como parte dos esforços para alcançar a cobertura universal de saúde e a meta 3.4 dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável relativa à redução da mortalidade prematura por doenças não transmissíveis.
Estamos a constatar progressos em vários países, nomeadamente no Botsuana, no Quénia, na Maurícia, no Ruanda e nas Seicheles, que alargaram a cobertura de saúde e o leque de serviços disponíveis para a prevenção e o tratamento do cancro no sector público. Onze países adoptaram a vacina contra o papilomavírus humano para combater o cancro do colo do útero e 27 países estão a implementar projectos de demonstração para uma introdução a nível nacional. Este ano, a Assembleia Mundial da Saúde irá considerar a estratégia mundial da OMS para a erradicação do cancro do colo do útero como um problema de saúde pública, que estabelece objectivos claros para melhorar o bem-estar das mulheres e das suas famílias através de programas de vacinação, rastreio, tratamento e cuidados paliativos.
O Gana e a Zâmbia começaram a implementar a Iniciativa Mundial da OMS contra o Cancro Infantil, que visa duplicar a taxa de sobrevivência das crianças com cancro até 2030(atingindo uma meta de, pelo menos, 60% de sobrevivência) e salvar, desta forma, um milhão de vidas. Iremos tirar partido das lições retiradas da implementação da iniciativa nos dois países-piloto para alargar o programa a outros países naRegião.
Para mitigar os factores de risco associados ao cancro, como o tabagismo e a obesidade, 45 países ratificaram a Convenção-Quadro da OMS para a Luta Antitabágica e as Seicheles e a África do Sul aumentaram os impostos sobre as bebidas açucaradas.
Devemos aproveitar estas conquistas para acelerar as acções de prevenção do cancro e garantir que as pessoas têm acesso a rastreios precoces e a cuidados que respondam às suas necessidades específicas.
Fiel ao espírito da campanha “Eu sou, Eu vou”, envidarei todos os esforços para proteger as pessoas expostas a dificuldades financeiras relacionadas com o custo dos cuidados associados ao cancro. Exorto os governos a continuarem a melhorar os serviços oncológicos através do reforço das capacidades e dos sistemas de vigilância para compreender melhor a carga do cancro e as suastendências.
Por fim, peço a todas as pessoas e comunidades que ajudem a pôr termo ao estigma associado ao cancro, encorajando familiares e amigos a realizarem rastreios precoces, tratamentos e cuidados.
 

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