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Economia

“Offshore”: BIC quer ser banco genérico

O BIC é um dos bancos offshore que já manifestou interesse em avançar com um pedido de autorização genérica para poder passar a realizar operações com clientes residentes.
 Este desejo foi manifestado na mensagem do presidente do conselho de administração do BIC Cabo Verde, no relatório e contas de 2018.
No documento, Fernando Teles refere que o banco funciona em Cabo Verde com uma autorização restrita, pelo que trabalha exclusivamente com clientes não residentes.
O BIC Cabo Verde, que tinha entre os seus accionistas a empresária angolana Isabel dos Santos e que está a ser inspeccionado pelo BCV, apresentou lucros de mais de cinco milhões de euros em 2018, tendo apenas 12 trabalhadores. 
Propriedade de portugueses e angolanos, o BIC chegou a Cabo Verde em 2013, comprando os activos do ex-BPN IFI, do qual o Insular fazia parte. Fernando Telles chegou a anunciar que em 2014 o banco deveria começar a funcionar como “banco comercial”, com agências e balcões pelo país, como “uma instituição financeira ampla, global e de largo espectro em termos de actividade comercial”. 
Além de Portugal e Angola, o BIC estava em Cabo Verde e na Namíbia, sendo que 65 por cento do seu capital é angolano e 36% português. Com o escândalo “Luanda Leaks”, o banco cortou “relações comerciais” com Isabel dos Santos.
DA
(Publicado no A NAÇÃO impresso, nº 648, de 30 de Janeiro de 2020)
 

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