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Sociedade

Elizabete Cruz é a única estudante cabo-verdiana na Universidade de Mumbai – Índia

Elizabete Dias Cruz, natural de Santo Antão, viajou para a Índia em Julho de 2019,
para continuar os estudos, no curso de Indústria da Hospitalidade e Gestão de
Negócios.

Com cerca de oito meses num país distante e longe de tudo com que até então estava
habituada, a jovem diz que a parte mais difícil foi ter de ficar longe da família, se
adaptar a outras pessoas, comidas e línguas.

Mesmo assim, não deixa de ser uma “experiência gratificante e enrriquecedora” para
ela, obter outros conhecimentos e conhecer coisas novas.

A jovem, de 21 anos, nasceu e cresceu em Figueiral, no município da Ribeira Grande
e esta foi a primeira vez que se viu obrigada a deixar a família para traz.

“Foi realmente um choque muito grande. Não foi fácil me adaptar a novos costumes.
Embora não seja obrigatório seguir os costumes ou a religião, apenas respeitar”,
explica a jovem que diz, entretanto, que depois de alguns meses tudo se torna mais
fácil.

Na Índia, uma das maiores dificuldades é se comunicar com as pessoas nativas que
não falam o inglês, apenas a sua língua materna.

“Foi fundamental ser paciente, amigável com toda a gente e ter encontrado boas
pessoas, africanos e indianos, que me ajudaram”, explica.

Com uma rotina “normal” de qualquer estudante, a jovem é a única cabo-verdiana
entre os alunos da sua universidade, na Cidade de Mumbai. Entra na escola as 9h da
manhã e sai às 17h. Vive com duas colegas também africanas.

Para os estudantes que tenham receio de se aventurar no desconhecido, Bety Cruz diz-
lhes que devem seguir em frente, não escutar os julgamentos dos outros e tirar as
próprias conclusões sobre o país de destino.

“As pessoas falam muitas coisas sobre os lugares, mas quando chegas e conheces a
realidade, ela é completamente diferente.”

Para Bety, estudar fora é “muito bom”, basta ter senso de responsabilidade e foco
naquilo que se quer alcançar.

“Para além disso, ao regressar, levas na mala uma nova realidade e ouros
conhecimentos. Com força, fé e objectivos tudo fica mais fácil”, concluí.
A jovem deverá terminar o curso em 2022.

NA

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