As agências de viagens e algumas unidades hoteleiras em São Filipe, ilha do Fogo, já sentem os efeitos da pandemia do Coronavírus (Covid-19), avança a Inforpress.
Estes têm recebido, diariamente, pedidos de cancelamento de reservas de passagens e de alojamento para o final do mês de Março e para os próximos dois meses, incluindo para as festividades do município.
Segundo a mesma fonte, que cita uma responsável de uma agência de viagem, os pedidos de cancelamento já chegam aos 50% e estão relacionados com o encerramento das fronteiras, sobretudo na Europa, o principal mercado.
No seio dos emigrantes também há alguma reserva sobre a vinda para Cabo Verde para as festas de Bandeirona.
Ainda conforme a mesma fonte que cita um outro operador, as reservas estão em stand by, esperando pela evolução da doença nas próximas semanas.
“O maior medo não é o coronavírus, mas o encerramento das fronteiras e o não retorno em tempo oportuno para continuar o trabalho”, destacou um operador turístico, sublinhando que os emigrantes que se encontram de férias neste momento estão a antecipar o regresso com medo de ficarem retidos e perder o emprego nos países de acolhimento.
A nível de alojamento, pelo menos três das unidades turísticas existentes em São Filipe já receberam pedidos de cancelamento das reservas. Novo pedidos também não estão a ser efectuados.
Não obstante os prejuízos para agências, hotéis e para a própria ilha, os seus responsáveis defendem que medidas preventivas sejam adoptadas em conformidade com a situação vigente.
Medidas relacionadas com a programação das festas da Bandeira e do dia do município serão decididos hoje, em reunião entre as principais autoridades da ilha.
