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Covid-19

COVID-19: artistas levam arte para as redes sociais

O coronavírus impôs que, à semelhança do que acontece em outros quadrantes, a cultura sofresse um apagão em prol da proteção das pessoas.

Também estes, e muitos dos quais trabalhando de forma informal no país, têm sido os mais prejudicados, pois com bares e restaurantes fechados ou sem público, deixaram de ter o seu ganha pão, especialmente os músicos e cantores ligados à cultura como produto tuŕístico.

Porém, quando a palavra de ordem é ficar e casa, vários artistas especialmente os residentes na diáspora, mas não só, têm aproveitado os benefícios das novas tecnologias para continuar a difundir a arte e contribuir para que as pessoas tenham uma agenda alternativa, mesmo de casa, como estão a fazer vários artistas pelo mundo fora.

Desde concertos a espetáculos de teatro, são vários os artistas cabo-verdianos que já aderiram a esta prática e tem levado um pouco de entretenimento e cultura a quem os assiste a partir de casa.

Esta sexta-feira, Cabo Verde e o mundo teve a oportunidade de assistir, do sofá de casa, ao espetáculo “As palavras de Jó”, protagonizado pelo encenador João Branco, em Mindelo e vista como uma forma de “encurtar a distância física que nos afasta uns dos outros, decorrente da pandemia do Covid-19”.

Segundo João Branco, cerca de 1200 pessoas assistiram ao espetáculo, um número que daria doze vezes uma sala cheia na Academia Livre de Artes Integradas do Mindelo (ALAIM).

“É algo que muito nos orgulha. De certa forma, fizemos história hoje”, escreveu o actor na sua página do facebook.

No mundo da música, o artista cabo-verdiano Zé Delgado também se juntou a esta corrente de energias positivas e, por sete dias, agraciou os seus seguidores com serenatas, em directo, na sua página do facebook.

Além de recordar grandes hits da sua carreia, o cantor transmitiu um pouco da sua história na música e palavras de encorajamento para, como disse, ajudar a ultrapassar esta fase difícil para todos.

Já o artista Gilito Semedo, contraria um pouco esta corrente e utilizou a sua página no facebook para pedir aos artistas cabo-verdianos, que deixem a música de lado no momento e utilizem as redes socias para ajudar o Governo e as estruturas de saúde a difundir as mensagens de sensibilização e os cuidados a ter para se combater o coronavírus.

“Neste momento temos de dar espaço para as mensagens sobre o coronavírus e sobre a prevenção, para que a informação chegue a todas as pessoas”, sugeriu o artista, que considera que um certo congestionamento de conteúdos na internet pode atrapalhar a absorção das mensagens prioritárias.

Em Cabo Verde e um pouco por todo o mundo, esta tem sido uma prática recorrente entre os artistas, que mesmo em quarentena, encontraram um forma de driblar o coronavírus e levar um pouco de entretenimento aos seus fãs que também estão confinados em casa.

Porém há artistas que consideram que o nomento não é de “show off ” nas redes sociais mas sim de questionamentos, sensibilização e até defesa dos direitos dos artistas, especialmente os informais e os profissionais liberais da área que estão a ser os mais prejudicados.

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