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Política

Cabo Verde Airlines: MpD estranha atitude “oportunista” do PAICV

O MpD mostra-se convicto do papel da Cabo Verde Airlines (CVA) “no quadro dos desígnios da Nação” e diz acreditar nas medidas de política que o governo vem implementando para a reestruturação do sector aéreo.

Esta convicção foi manifestada, este domingo, pelo secretário-geral-adjunto do MpD, Emanuel Barbosa, na sequência de um posicionalmente do PAICV em relação à decisão de suspensão de emissão de bilhetes das agências de viagens credenciadas pela IATA, em Portugal.

Este dirigente do partido que suporta o Governo que diz estranhar a posição “oportunista” do PAICV,  diz que “os cabo-verdianos  estão cientes, por um lado, do actual contexto mundial, de si, complexo, que encerra muitas incertezas e, por outro lado, que foi o governo, suportado pelo PAICV, que deixou a companhia no estado comatoso em que foi encontrada em 2016”, o que “recomendava da sua parte algum recato e sentido de Estado no teor dos pronunciamentos que produz”.

Emanuel Barbosa afirma ainda que “os constrangimentos da CVA não vêm de agora, mas as soluções consistentes estão a ser engendradas pelo governo que suportamos e no qual acreditamos, pelo que não há espaço para hesitações, mas, sim, determinação e manutenção do foco”.

O secretário-geral-adjunto do MpD fez questão de lembrar que o executivo de Ulisses Correia e Silva recebeu, há quatro anos, a então TACV “em falência técnica, com graves problemas de tesouraria, estruturalmente deficitária, em que mensalmente o estado injetava 300 mil contos, com um grande passivo, que vinha de uma acentuada degradação dos principais indicadores financeiros, que, ano após ano, apresentava resultados líquidos negativos, cujo capital próprio entrou num acentuado espiral negativo, em total incumprimento com os seus credores, o que resultou na apreensão, na Holanda, do boeing B’leza e numa situação bisara duma companhia aérea sem nenhum avião”.

Emanuel Barbosa afirma ainda que, após a privatização, com uma nova imagem, “a CVA começou a dar os seus primeiros passos com resultados que faziam augurar um futuro bastante promissor”.

“Estava tudo feito? Claro que não. Porém, foi conseguido afastar o risco fiscal que a empresa representava para o Estado, foi colocado fim a pressão sobre o erário e, sobretudo, foi assegurado o apoio orçamental, nomeadamente por parte do Banco Mundial”, realçou.

Segundo o secretário-geral-adjunto do MpD, a CVA, “à semelhança de muitas companhias do mundo, está já a sofrer os efeitos da pandemia da Covid-19 que vêm fustigando, sobremaneira, o mundo”.

 

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