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Covid-19

Pandemia: Tratamento de Hipertensão e Diabetes é interrompido em metade dos países

A Pandemia do novo Coronavírus está causando graves danos à prevenção e ao tratamento de doenças crónicas não transmissíveis (DCNT).

A constatação é de uma Pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 2, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – citada por odia.com.br -, a partir de informações colhidas em 155 países, durante três semanas de Maio. A Entidade alertou que o impacto é global, mas os países de baixa renda são os mais afectados.
Perto de metade dos países investigados interrompeu parcial ou integralmente o tratamento da Hipertensão (53% – por cento) e da Diabetes (49%). O índice registado foi de 42%, em relação ao Cancro, e de 31%  em Emergências Cardio-Vasculares. O choque foi ainda maior nos serviços de Reabilitação, que registaram paralisação em 63% das nações.
A situação é de “significativa preocupação”, afirma a OMS, porque doentes crónicos estão no Grupo de Risco da COVID-19, com maiores chances de complicações e de morte em caso de infecção.

“Os resultados dessa pesquisa confirmam o que estamos ouvindo dos países há várias semanas. Muitas pessoas que precisam de tratamento para doenças como Cancro e Diabetes não têm recebido, desde o início da Pandemia, os Serviços de Saúde e medicamentos necessários. É vital que esses países encontrem formas inovadoras de garantir a continuidade desses serviços essenciais, mesmo durante o combate à COVID-19”, alertou o director-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

As doenças crónicas são responsáveis por cerca de 41 milhões de mortes por ano, número equivalente a 71% dos óbitos a nível mundial. Uma das alternativas encontradas no meio da Pandemia é a Tele-Medicina, utilizada por 58% dos países, para substituir as consultas tradicionais.

Os principais motivos para a queda brusca no tratamento das enfermidades não-transmissíveis são o cancelamento de sessões planeadas, a diminuição do transporte público disponível e a falta de profissionais – 94% dos países remanejaram funcionários que actuam na área das DCNT, para acções de combate à COVID-19.
Entre os países que reportaram interrupções, um quinto (20%) estabeleceu a escassez de medicamentos, diagnósticos e outras tecnologias como uma das principais razões para a paralisação dos serviços.

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