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Ambiente

Enseada de coral da Lajinha: dois anos depois parte dos corais continuam doentes

Cerca de dois anos após as últimas chuvas, cujas águas danificaram grande parte da Enseada de Corais da Lajinha, em São Vicente, algumas áreas ainda estão danificadas, com um processo “muito lento” de recuperação, analisa o ambientalista Guilherme Mascarenhas.

Isto, diz, é a prova de que, com mais uma chuva, as consequências poderão ser drásticas, e deixa a nu a necessidade de preservar e proteger a reserva.

“Quase dois anos da última chuva, as consequências continuam visíveis. A zona foi muito degrada e não está a recuperar como tinha previsto. Há uma zona com corais bastante danificados, que estão a melhorar muito lentamente”, atenta.

Tendo em vista o Dia Mundial do Ambiente, Guilherme Mascarenhas, que tem estado à frente de um grupo de investigadores da Universidade de Cabo Verde, numa luta para a proteção da reserva natural, exorta a sociedade e as autoridades a ponderarem melhor sobre o destino que se quer dar à enseada.

Entretanto, diz, o grupo teve uma reunião com o Instituto Marítimo e Portuário (IMP), que mostrou “muita boa vontade” em colaborar com o projecto de implementação da Trilha Submarina no local.

O engenheiro recorda que, apesar de algum atraso por conta da pandemia do coronavírus, o projecto já está em vias de conclusão e conta com o financiamento de um particular, nacional.

A ser concluído está também o projecto de transformação da enseada em zona de interesse científico.

Na última campanha protagonizada por este movimento, foram recolhidas cerca de oito mil assinaturas num abaixo assinado, faltando apenas organizar os dados e entregar.

Recorde-se que, este ano, foram descobertas duas novas espécies de camarão na enseada de coral. A primeira, o camarão Typton anaramosae, descrito pela primeira vez pela ciência, e a segunda, o camarão-abelha-listrado (Gnathophyllum americanum), até então desconhecido em Cabo Verde, ambos encontrados pelo biólogo marinho Keider Neves.

Vários estudos de natureza ecológica vem sendo realizados nesta Enseada por investigadores e estudantes da Universidade de Cabo Verde, bem como estrangeiros, entre os quais alguns já estão publicados e em fase de publicação.

 

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