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Covid-19

COVID-19: Achada Ponta (em Santa Cruz) continua com cintura sanitária

 

Por: Alex Semedo

1Desafio 

Achada Ponta, no Município de Santa Cruz – no interior de Santiago – é a primeira comunidade de Cabo Verde onde foi montada uma cintura sanitária, devido ao  novo Coronavírus.

Oficialmente, ninguém entra e ninguém sai da Terra de Antão Barreto, exímio mestre e tocador de gaita.

Só que nem todos estão cumprindo a directiva. Que, ao fim e ao resto, não deixa de ser um autêntico desafio – para não se dizer desrespeito! – às autoridades.

A denúncia partiu mesmo da delegada de Saúde, Evily Martins, que já avisou aos incumpridores que como a sensibilização não está resultando medidas mais duras podem vir a ser tomadas. Pois, não se deve perigar a saúde do semelhante. Em nenhuma circunstância. Quanto mais não seja este vírus – que como já se disse bastas vezes! – é um intruso que não manda recado nem avisa e oportunista que só ele.

A curiosidade em tudo isso  é que malgrado a presença da Polícia na zona, os moradores mais corajosos que conhecem as veredas como só eles, ludibriam as autoridades e dão trabalho às pernas.

Pena é que muitos – ainda! – nem sabem a sua condição de saúde, já que vários deles aguardam a chegada dos testes de PCR (“Polymerase Chain Reaction”, em inglês, que, em português dá: “Reação em Cadeia da Polimerase”), pelo que podem pôr em risco as pessoas de outras  localidades com quem, eventualmente, privarem.

As autoridades aconselham aos “desafiadores da Lei” a não se enveredarem por esta via. Que pode render dissabores. Pedem colaboração activa – que nem custa cifrões! -, a adopção de postura cidadã e cumprimento do dever cívico, para o bem de cada morador e do semelhante com quem, eventualmente vierem a privar.

Tudo tem o seu tempo.

Desde que se esteja com vida e saúde. Que é um bem  que não se vende – infelizmente! – em nenhuma loja.

Portanto, e para não se vir no amanhã da vida que não se sabia e/ou que não foi avisado,  o melhor conselho mesmo é resguardar-se, ficando em casa.

Portando-se assim, poupa-se o desgosto aos ente queridos. Para não se dizer, ainda, que o Erário Público – que, afinal, é de todos nós – agradece.

 

2- Solidariedade em alta

 A Associação Comunitária de Jovens Santiaguenses  (ACJS), sediada em Salina, em Santa Cruz – um dos municípios mais afectados por COVID-19, na Ilha de Santiago -, realiza, periodicamente, programas e campanhas tendentes a beneficiar os que mais precisam de uma mão amiga e solidária.

Recentemente, entregaram cabazes solidários – também chamadas de cestas sociais e/ou básicas -, contendo produtos de primeira necessidade, designadamente: arroz, óleo, açúcar, leite, feijão, milho, sabão, lixívia, máscaras e papel higiénico.

Afora os produtos alimentares, de higiene e de  protecção, a Colectividade faz, também, a doação de vestuários e calçados, às famílias com parcos recursos nas mais diversas comunidades do Município.

Para suavizar a quarentena dos mais ligados às redes sociais, na sua Página Oficial criou o “Clube de Leitura”, com o objectivo de difundir e desenvolver o gosto pela leitura, de forma inteligente, dos seus seguidores.

Está programado, para breve, uma outra ronda de entrega de cestas solidárias, financiadas pelos seus membros na Diáspora (na Holanda) e de um grupo de anónimos.

A ACJS cultiva a “transparência e a justiça”, pelo que, sempre que promove campanhas solidárias, elabora “relatórios de prestação de contas”, listando as acções executadas, os quais são entregues aos doadores.

É uma forma de prestação de contas e…de dar satisfação aos doadores.

Um exemplo de solidariedade. Que pode e deve ser multiplicado. Nos diversos cantos deste nosso Cabo Verde.

 

3– Discriminação?

Muitos são os que estranham o alegado facto de alguns ex-doentes de COVID-19 estarem a ser tratados.

Aliás, a denúncia é de que estão a ser discriminados, por alguns “preconceituosos”, pelo simples facto de terem “apanhado” o novo Coronavírus, indo ao absurdo de alguns motoristas recusarem-lhes o transporte, embora seja para pagarem.

O estranho é que ainda as autoridades – ao que se sabe! – não saíram ao terreiro, em ordem a pôrem cobro a esta triste, condenável e vergonhosa atitude.

Para não se dizer abominável.

A denúncia está a fazer furor nas redes sociais.

Com indignação e condenação, com  cada “entendido” a dar a sua versão dos factos. Os internautas dizem da sua justiça e pedem – a quem de direito! -, que se ponha fim à alegada “discriminação”.

Muito se tem dito e redito, pelas diversas autoridades sanitárias, de como se dá o contágio, mas, pelos vistos, a mensagem ainda não chegou a toda a gente.

Em vista disso, não faria mal nenhum a retoma de umas tantas sessões de esclarecimento. Na língua-de-terra. E nos 22 concelhos de Cabo Verde, não importando se já registam e/ou registaram COVID-19.

Até porque, o que abunda não prejudica.

 

4– Máscaras abundam

Até Setembro não vai haver ruptura de estoque das máscaras faciais – comunitárias e cirúrgicas -, assim como de soluções desinfectantes no País.

A garantia foi dada à Imprensa, na Praia, na manhã de terça-feira, 9, por Gil Évora, presidente do Conselho de Administração da EMPROFAC –Empresa Nacional de Produtos Farmacêuticos -, no dia em que a Instituição completa 41 anos de laboração.  “Depois de um período novo de adaptação em que o mercado conheceu alguma turbulência, estamos, neste momento, numa situação em que, em termos de máscaras cirúrgicas e soluções desinfectantes temos um estoque muito grande de cerca de três a quatro meses”, realça Évora, para acrescentar que dispõem de um milhão e 500 mil máscaras cirúrgicas, a par de 40 mil familiares importadas.

Ainda ele, semanalmente, a Empresa é abastecida com 67 mil máscaras comunitárias, produzidas por artesãos nacionais, devidamente certificados. São 12 empresas, baseadas em Santiago, São Vicente e Santo Antão.

Os preços é que muita gente ainda reclama. Mas há para todos os gostos e bolsos, feitios, customizados e  personalizados.

Portanto, a escolha fica ao gosto do freguês.

 

5- Portugal pioneiro

Portugal foi o primeiro País europeu a receber o carimbo “Safe Travels”, que certifica condições de segurança no contexto da Pandemia COVID-19.

O passaporte, que é uma distinção atribuída pelo WTTC (Conselho Munidal de Viagens e Turismo) chegou numa data emblemática para os lusos: 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

A distinção dá mais garantias aos viajantes na “identificação de destinos e serviços que adoptaram os protocolos globais de higiene e saúde”.

As normas dizem respeito às orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças americano.

Além de Portugal, também Bulgária, Turquia e Arábia Saudita receberam a certificação, validada pela Organização Mundial de Turismo, a Agência das Nações Unidas.

É uma distinção muito cobiçada nestes tempos em que ainda paira as incertezas deixadas  por COVID-19.

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