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Economia

Santiago: sem turistas, guias de Ribeira da Barca passam por dificuldades

Há mais de dois meses que a rotina de jovens guias turísticos de Ribeira da Barca, na ilha de Santiago, mudou por completo. De um dia para o outro viram-se sem o sustento e ganha pão das suas famílias.

Sem turistas no país, e na ilha, devido à pandemia da covid-19, enfrentam agora muitas dificuldades e aguardam ansiosamente a abertura das fronteiras para poderem voltar ao trabalho.

Sidney mais conhecido como “Demice”, admite que não tem nenhuma formação profissional que lhe identifique como um guia turístico, mas conseguiu, juntamente com a Universidade de Santiago dois diplomas, que serviram para apoiar a desempenhar a função. Isto e a sua experiência de vida e conhecimentos sobre a ilha de Santiago.

Ele trabalha por conta própria e investiu na aprendizagem da língua francesa, que aos poucos foi aperfeiçoando.

“Agora trabalhamos com as reservas de hotéis, enviam-nos os turistas que vão visitar a localidade, também os abordamos quando os vemos a caminhar pela zona. Eles gostam mais de visitar uma das sete maravilhas de Cabo Verde, Águas Belas, e Pilon de Achada Leite, mas também procuram conhecer Angra, Águas Escaidas e mesmo a localidade, no geral.

Sidney garante que a segurança dos turistas é sempre levada muito a sério em cada viagem de bote à sempre coletes salva vidas.

Também Edmilson, mais conhecido como “Sety”, diz-se preocupado com as dificuldades enfrentadas devido à pandemia da covi-19, uma vez que é como guia turístico que consegue o sustento para a família, e agora não sabe quando vai recomeçar a trabalhar.

Sety é mais jovem no ramo turístico, e fez duas formações de aperfeiçoamento da língua francesa e inglesa.

Há quatro anos embarcou na aventura de exercer essa actividade, vendo isso como uma oportunidade de conhecer novas culturas.

“Nessa época de pandemia a situação está de mal a pior, porque as fronteiras estão fechadas, os turistas não podem visitar o nosso país e isso está a condicionar o meu trabalho. Fiquei sem rendimentos”, explica Sety.

Até agora, diz, tem-se “safado” com a sua “poupança”. “Continuo parado sem fazer nada, mas se esta situação não melhorar talvez tenho que procurar um outro ramo de vida para me sustentar”, afirma.

Sety garante que “trabalhar como guia turístico é uma satisfação enorme.  Sinto-me muito bem, porque estou a mostrar a essas pessoas a minha localidade, o que tem de lindo e fazer com que elas gostem do que vão visitar, mas também apreciar o nosso país e aprender um pouco do que é nosso.” realça.

Este jovens apelam ao apoio das autoridades, uma vez que os guias turísticos da ilha, e do país, estão a passar por inúmeras dificuldades. Um apoio, dizem, pelo menos até que as fronteiras sejam abertas e a actividade turística retomada.

Alaídes Borges

*Estagiária

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