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Covid-19

Cabo-verdiano retido na França insatisfeito com justificativa para o não repatriamento

Um dos cidadãos cabo-verdianos retidos na França, que esperava regressar a Cabo Verde no voo deste sábado (20), está insatisfeito com a justificativa dada pelo Consulado de Cabo Verde em Paris para não proceder ao repatriamento.

Através de um email endereçado ao grupo na quarta-feira (17), a chefe da secção do consulado, Isa Morais Rodrigues, disse que o voo recebeu autorização apenas para tirar pessoas de Cabo Verde e não para trazer.

“Assim, o voo não está autorizado a transportar nenhum passageiro da França para Cabo Verde”, lamentou.

Segundo esta responsável, Cabo Verde está ainda em estado de pandemia e a quarentena é obrigatória para todos à chegada, mas os hotéis estão todos cheios, de acordo com informações recebidas de Cabo Verde.

Ora para Bruno Ferreira, que se encontra retido na França desde o dia 14 de Março, esta justificativa “não cola”, quando se sabe a quantidade de hotéis que o país possui e a sua capacidade de acolhimento.

“Como é possível que o Governo de Cabo Verde diz que não podemos ser repatriados de Paris para Cabo Verde porque todos os quartos dos hotéis, onde podíamos ficar de quarentena estão cheios. Como é possível? Apanhamos só o exemplo do Sal, onde o Meliá Dunas pode receber mais de 1800 pessoas. Este é o exemplo de um hotel e aqui em Paris somos 30 retidos. Por isso, esta justificativa de hotéis lotados não concordo com ela”, diz Bruno Ferreira.

Segundo esta fonte, o voo de repatriamento teria como destino a cidade do Mindelo, onde este sabe que o Resort Pombas Brancas se encontra vazio.

“O proprietário é um amigo meu. Pergunto-me se eles não conseguiriam colocar 30 pessoas ali”, questiona.

Bruno Ferreira encontra-se em Paris desde 14 de Março, mas deveria regressar no dia 18 desse mês.

O encerramento das fronteiras por parte de Cabo Verde ditou a sua retenção na França.

Desde então, a tentativa de regressar à sua terra tem conhecido avanços e recuos.

Há pouco mais de um mês, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Filipe Tavares, disse que o Governo tinha dado orientações as embaixadas e serviços consulares para que as pessoas que se encontrassem retidas noutros países fossem identificadas e que o processo de repatriamento começasse.

Pese embora já terem sido realizados vários voos de repatriamento, Bruno Ferreira continua retido na França.

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