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Covid-19

Utentes com viagens canceladas contestam decisão do CCV em cobrar novo pedido de visto

A indisponibilidade de voos por causa da pandemia do novo coronavírus fez com que muitos cabo-verdianos vissem as suas viagens canceladas nos últimos meses. O que tem gerado alguma revolta é que esses utentes terão agora de pagar por um novo visto, o que consideram injusto.

Noemi Oliveira, cabo-verdiana residente em Portugal, procurou este jornal para denunciar a situação dos pais e a inflexibilidade do Centro Comum de Vistos (CCV) perante esta situação.

“Os meus pais, no passado mês de Março, agendaram um pedido de visto no CCV, que lhes foi concedido, com validade até Maio. Já tínhamos feito reserva de passagem, mas a situação da pandemia não os deixou viajar”, explica esta jovem estudante, que diz ter programado a viagem, junto com irmãos para reencontrar os pais que não via há dois anos.

Segundo Noemi, ao contactar o CCV, tiveram a informação de que será preciso um novo pedido de visto, com todos os documentos entregues anteriormente e com as datas actualizadas. A entrega deve ser presencial e terão novamente de pagar o valor normal do pedido.

“A nossa indignação como cabo-verdianos, e como filhos, é que não entendemos porque o valor deve ser pago novamente, se eles não conseguiram viajar por motivo que lhes é alheio”, explica.

A jovem questiona ainda porque os documentos não podem ser entregues por outra pessoa, obrigando os seus pais a fazerem uma nova deslocação do Fogo para a Praia, gastar em passagens e estadia enquanto o processo se resolve.

Para Noemi Oliveira, dada a actual conjuntura, esta instituição deveria renovar os vistos ou prolongar a data de validade, sem submeter os utentes a um novo gasto.

“Estamos indignados. E não somos os únicos. Tal como nós, muitos outros cabo-verdianos estão passando pela mesma situação”, conclui.

Já esta semana, o A NAÇÃO tinha denunciado também outra queixa referente ao CCV, uma vez que tendo sido impedido de viajar devido à pandemia, o mesmo queria reaver o seu dinheiro ou ver o visto ser adiado para outra oportunidade.

O CCV negou na altura qualquer uma das hipóteses e disse que as pessoas nessa situação terão de seguir novamente todos os trâmites de pedido de visto, inclusive custear os novos encargos financeiros.

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