Sal e Boavista vão ganhar centros para tratar turistas. As infraestruturas são destinadas para tratamento do novo coronavírus, de modo a preparar um regresso mais confiante aos turistas.
O projeto conta com a participação do Governo de Cabo Verde e operadores turísticos, que garantem disponibilizar médicos para o efeito.
A garantia é do ministro de Turismo e dos Transportes, Carlos Santos, em entrevista à agência Lusa, onde esclareceu que os dois futuros centros incluem o programa sanitário que está a ser desenvolvido entre o Governo e operadores turísticos, com o objetivo de transmitir “confiança” ao regresso dos turistas ao país.
“Estamos, juntamente com o Ministério da Saúde, a preparar dois centros de covid-19,
um no Sal e outro na Boavista, para garantir aos operadores e aos visitantes que, vindo
para Cabo Verde, estão a vir para um destino seguro, onde pelo menos há garantia que
teremos condições, equipamentos, ventiladores, pontos de cuidados intensivos, para dar
segurança”, explicou Carlos Santos.
“Os próprios operadores turísticos já manifestaram a disponibilidade de ceder recursos
humanos para fazer funcionar esses centros, designadamente médicos especialistas”,
acrescenta o ministro de Turismo e dos Transportes.
Na ilha do Sal, as obras para a construção do centro arrancaram nesta terça-feira,
seguindo-se os trabalhos na Boavista.
Ainda falta definir o número de camas para cada centro, que será estipulado pelos dois ministérios, mediante as necessidades definidas pelos operadores turísticos.
O turismo garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde, que bateu o
recorde de mais 819 mil turistas em 2019.
No mesmo ano, a ilha do Sal recebeu 45,5% do total de entradas de turistas nos hotéis, e Boavista 29,4%.
Devido à covid-19, Cabo Verde tem, até agora, as suas fronteiras encerradas para voos
internacionais, contudo pretende retomar as ligações em Agosto.
