Num Comunicado enviado à imprensa, a Cabo Verde Airlines esclarece que os três Boeing 757-200 da frota da companhia estão parqueadas numa instalação de “manutenção aprovada”, em Opa Locka (Miami), Flórida.
“É uma prática comum no setor da aviação, parquear as aeronaves em locais mais apropiados à preservação de longo prazo”, garante a companhia.
A referida instalação, diz o documento, é reconhecida e autorizada pela Agência de Aviação Civil para realizar todas as principais manutenções da frota da CVA.
“A companhia aérea decidiu aproveitar o momento da suspensão das operações causada pela
pandemia do COVID-19, para concluir as verificações/inspeções obrigatórias de manutenção
em duas aeronaves (D4-CCF e D4-CCG) e durante este período também, uma das nossas
aeronaves (D4-CCH) esteve posicionada na ilha do Sal, na qual realizou cinco voos
humanitários de repatriação desde 18 de Março, data em que todos os voos foram suspensos”, informam.
No Comunicado a empresa revela ainda que na semana passada, duas tripulações foram destacadas para levar a aeronave do Sal para Opa Locka com vista à realização da manutenção necessária e para as trazer depois de volta ao Sal, na perspectiva que haveria a retoma dos voos no mês de Julho.
Mas, numa declaração emitida no final da semana passada pelo governo de Cabo Verde que dava conta de que as fronteiras permaneceriam fechadas até Agosto, os proprietários da aeronave e a Cabo Verde Airlines “entenderam e decidiram” que a aeronave seria melhor preservada nas instalações de manutenção americana do que nas atuais em Cabo Verde.
“Em Opa Locka o operador tem acesso a peças de reposição, ferramentas,etc., necessárias para realizar a manutenção programada, o que permite à companhia aérea garantir a aeronavegabilidade destas aeronaves”, esclarecem.
Ainda conforme esse documento, com as fronteiras atualmente fechadas ao tráfego externo, as peças de reposição não podem ser despachadas para a Ilha do Sal com facilidade como seria em condições normais.
“Acresce que, as condições climáticas em Cabo Verde que são adversas à boa preservação
dos materiais, (por ex. a brisa do mar e a condições de humidade), a necessidade por tempo
incerto de estacionamento, as recomendações sobre “preservação” do fabricante, reforçaram
a decisão tomada”.
A Cabo Verde Airlines diz que está a trabalhar em conjunto com as autoridades e os membros da tripulação para encontrar um regresso seguro a Cabo Verde e “a gestão da companhia está
em acompanhamento permanente desta situação”.
Recorde-se que na quarta-feira,1, uma notícia veícula na página live do jornalista cabo-verdiano Valdir Alves, e partilhada pelo A NAÇÃO, dava conta que os os três boeings da Cabo Verde Airlines (CVA) estavam retidos na Florida, após terem sido submetidos a trabalhos de manutenção.
Na mesma peça foi referido que uma fonte junto da CVA confirmou que na base do sucedido estaria um impasse entre as partes envolvidas no processo negocial da CV Airlines, isto é entre a Loftleidir Icelandic e o Governo de Cabo Verde.
Porém em entrevista à Rádio de Cabo Verde, o vice-primeiro ministro, Olavo Correia desvalorizou a situação, garantindo que são procedimentos normais de negociações, dando a entender que existe uma negociação em curso, embora sem avançar mais detalhes.