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Sociedade

São Vicente: Manifestação silenciosa contra abuso sexual de menores pede medidas mais severas para abusadores

Um grupo de cidadãos mindelenses, entre os quais artistas de teatro, estão a organizar uma manifestação silenciosa com o intuito de chamar a atenção das autoridades para a urgência de medidas concretas que visam minimizar o flagelo da violação de menores que vem ganhando proporções preocupantes no país.

Segundo o encenador João Branco, um dos promotores da iniciativa, será uma manifestação performativa, realizada por um conjunto de 30 actores e actrizes da cidade do Mindelo, que vão sair às ruas para pedir proteção às crianças e penas maiores para os crimes de abuso sexual de menores e adolescentes.

A iniciativa se despoleta depois da repercussão do recente caso de violação de uma criança no município do Paul, em Santo Antão, cujos acusados aguardam os trâmites do processo sob Termo de Identidade e Residência (TIR), medida que gerou indignação e um sentimento de impunidade por todo o país.

“O caso relatado de Santo Antão, chocou-nos a todos e foi o que despoletou a nossa vontade de manifestar, neste caso de uma forma artística. Mas sabemos já de muita gente que estará presente também, além deste núcleo de artistas”, explicou João Branco.

A manifestação é, segundo este actor, “um pedido e uma exigência” para que algo de concreto seja feito em relação a este assunto. “O Código Penal tem que ser revisto. As medidas de coação tem que ser muito mais duras. Os recentes casos de Santo Antão e da ilha do Sal são inadmissíveis num Estado de Direito, porque a proteção às vítimas não está, de forma alguma, salvaguardada”, aponta.

Entre as palavras de ordem estão frases como “intolerância total à pedofilia”, “abusadores na cadeia”, “abuso sexual não tem desculpa, tem que ter lei”, “rompam o silêncio”, “acordem senhores parlamentares”, para além de outras expressões que clamam por justiça e proteção à crianças.

A manifestação está agendada para este sábado, 24, na Rua de Lisboa. A quem quiser se juntar a marcha, a organização pede que vá trajado de branco, com um brinquedo ou uma faixa, também branca, a tapar a boca.

NA

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