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Sociedade

Morte de Lavini: Presidente do ICIEG quer que as escolas falem da violência no namoro

A presidente do Instituto Cabo-verdiano para Igualdade e Equidade do Género (ICIEG) apela à tomada de consciência por parte da sociedade civil e da comunidade educativa sobre a violência baseada no género. Rosana Almeida considera também ser necessário uma parceria sólida entre o ICIEG e os órgãos de comunicação para minimizar este e outros problemas sociais.
Rosana Almeida falava à RCV, na sequência do homicídio da jovem Luísa Furtado, mais conhecida por “Lavini”, na passada terça-feira, em Achada Bel-Bel, Santa Cruz, Santiago.
Para a presidente do ICIEG, “estamos perante um problema sério” e, apesar dos jovens estarem cientes deste tipo de mal social, eles “não têm noção da proporção que a violência assume”. Por esta razão, considera necessária a intervenção de todas as escolas de Cabo Verde.
“Estamos satisfeitos, pois o último estudo feito mostra que os jovens não aceitam a violência, mas ainda há mais caminhos a serem feitos e gostava que no próximo ano lectivo todas as escolas do país se juntassem ao ICIEG. Nós temos folhetos com todas essas informações que andamos a distribuir juntamente com as associações comunitárias, mas gostaríamos de estar nas escolas. A escola deve assumir essa questão como um problema sério a ser debatido”, diz a presidente do ICIEG.
Rosana Almeida reconhece ainda o “papel importante” da comunicação social em relação a esta temática, contudo considera necessário estabelecer-se “uma parceria privilegiada” para minimizar o problema.
“Nós precisamos de mais de espaço, precisamos divulgar mais nos nossos canais, para informar, para combater estereótipos. Estamos a tentar que sejamos um parceiro bem sólido no combate a fenómenos sociais, neste caso, em relação à violência em Cabo Verde, nomeadamente a violência baseada no género”, explica Rosana Almeida.
A presidente do ICIEG conclui apelando, mais uma vez, à urgência de “falar sobre a violência no namoro para evitarmos feminicídio”. “Antes estávamos a ter este problema em adultos, agora voltou-se para os adolescentes. Isto é terrível para a sociedade”.
Suíla Soares

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