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Cultura

Festival da Baía diferente e sem o calor do público

O Festival Internacional da Baía das Gatas teve início esta sexta-feira, 14, não na tradicional baía que empresta o nome ao festival, mas na Baía do Porto Grande do Mindelo, no Pont D´Água, em transmissão online, devido às restrições da pandemia da covid-19.

Um cenário diferente e longe dos milhares de pessoas que anualmente costumam rumar à Baía das Gatas para assistir ao festival.

Apesar de satisfeitos com a iniciativa da Câmara Municipal e com o feedback recebido a partir do público em casa, os artistas apontam a “estranheza” de actuar sem o calor do público à frente do palco.

Este ano, devido às imposições da pandemia da covid-19, o festival é toda ele composta por artistas nacionais.

O certame teve início ao som dos instrumentos de Vasco Martins, Vamar e Voginha, dando lugar depois aos artistas Nilsa Xalino, Rause e Banda.

Noite adentro, passou pelo palco do Pont D´Água vozes como Toy Cabecinha e Jorge Sousa, o Kings, Anísio, Gai e Constantino Cardoso, a encerrar a primeira noite da 36ª edição do Festival da Baía das Gatas.

“O mundo não parou e nós também não podemos parar”, considerou o artista Gay, que diz que, apesar do formato inusitado, sai do “grande evento” satisfeito.

Já para Anísio, actuar sem o público à frente do palco foi “um pouco estranho”.

“Não temos aquela vibração. Às vezes, quando estamos a cantar, nos perdemos no meio da música e o público está lá para fazer o show”, contou, esperançoso de que, no próximo ano, o festival voltará novamente ao seu formato habitual.

Já para Toy Cabecinha, como tudo em São Vicente, o evento reflete a criatividade nata da ilha.

A 36ª edição do Festival Baía das Gatas, em formato digital, foi ainda uma homenagem aos profissionais da saúde que, neste contexto, “reúnem todos os esforços para zelar pela nossa saúde”.

Um modelo adaptado ao “novo normal” que, entre artistas e outros técnicos da cultura, colocou a trabalhar um total de 165 profissionais que, segundo a organização, estão inactivos desde o início da pandemia em Cabo verde, no mês de Março.

O festival continua hoje vai até a noite de domingo, com um leque variado de nomes da música cabo-verdiana. Na sua primeira noite, a transmissão contou com cerca de 42 mil visualizações no total.

NA

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