O basalto, que abunda em Cabo Verde, está cada vez mais a ser utilizado como pedra ornamental nos edifícios que vêm sendo construídos, nos últimos tempos. A crescente procura dessa pedra, obrigou a empresa Basalto Atlântico a redefinir a sua estratégia, privilegiando o mercado nacional, em detrimento da exportação.
Essa empresa, que trouxe o know how dos Açores, começou a sua actividade em 2014, na cidade da Praia, mediante um processo de extração dos blocos de basalto.
Isto depois de estudos geológicos indicarem que o basalto de Cabo Verde, principalmente da zona da cidade da Praia, “era bom” para rocha ornamental.
Conforme o sócio gerente da empresa Basalto Atlântico, Luís Marques, a mesma arrancou um processo de exportação, mas, depois, “apercebeu-se que o mercado local começava a mostrar-se interessado neste tipo de produto para a construção civil, para o mercado imobiliário”.
A partir do basalto bruto, a empresa faz pavimentos, revestimentos, degraus de escada, bancadas, peitoris, soleiras e “tudo mais que possa ser feito em pedra”.
Exportação
A nível da exportação, Luís Marques diz que exportam blocos em bruto para depois serem transformados em Portugal e “já mandamos semiacabados para algum tipo de trabalhos, não só em Portugal, como noutros países europeus. Há poucos dias mandamos 450 metros quadrados de pavimento para França”.
Segundo este empresário, o basalto só pode ser comparado com o granito e “a qualidade dessa rocha aqui em Cabo Verde consegue ser superior ao granito preto”.
Conforme essa fonte, o basalto “melhora a qualidade do produto acabado”, mas “faz com que o custo de transformação seja um pouco mais elevado, porquanto os materiais muito densos levam muito mais tempo a serem transformados”.
Luís Marques garante que há matéria prima “à vontade”, principalmente em Agostinho Alves, na cidade da Praia, onde estão instalados. “A nível de extração, seguramente para os próximos 20 ou 25 anos, tendo em conta o volume da nossa extração. Não teremos problemas nos próximos anos”.
DA