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Cultura

Escritores cabo-verdianos na 1ª edição do Templo D’Escritas

As escritoras cabo-verdianas Vera Duarte e Natacha Magalhães marcam presença na 1ª edição do Templo D’Escritas – Festa Literária Internacional da Língua Portuguesa. A elas junta-se ainda o antropólogo Brito Semedo.

O evento decorre de 8 de Setembro a 3 de Novembro, na plataforma virtual StreamYard, com transmissão no Facebook, youtube e instagram.

No total está prevista a participação de 20 escritores de 12 nacionalidades, Ungulani Ba Ka Khosa, Marco Lucchesi, José Luís Mendonça, Roberto Vecchi, Maria João Cantinho e Murade Isaac Murargy são algumas das
presenças confirmadas, que se vão juntar a Vera Duarte.

A 1ª edição do Templo D’Escritas terá as conversas com, e entre, escritores no centro da sua programação.

Sob a coordenação-geral do poeta e crítico literário angolano Abreu Paxe, coadjuvado pela brasileira Amanda Vital, poeta e editora-adjunta da Revista Mallarmargens, integrando também a equipa organizacional, os poetas Amosse Mucavele (Moçambique) e Nuno Rau (Brasil) como curadores do certame.

A 1ª edição do Templo D’Escritas – Festa Literária Internacional da Língua Portuguesa arranca no dia 8 de Setembro, plataforma virtual StreamYard, espaço onde, durante 2 meses, autores e público participarão em mais de 25 mesas em torno de diferentes temas, desde a língua portuguesa, cooperação, edição, mobilidade, tradução, divulgação
entre os outros que permitirão aprofundar o debate em torno de problemas contemporâneos, vividos pelas sociedades dos vários países falantes da língua portuguesa e que se projectam de formas complexas na produção cultural.

Diálogos sobre o espaço da CPLP: circulação, silenciamentos e institucionalização de uma literatura de língua(s) Portuguesa(s) marca o primeiro debate, a 8 de Setembro, que reunirá no mesmo espaço de debate escritores como Lucílio Manjate (Moçambique), a crítica literária e professora da (UFPB) Vanessa Riambau Pinheiro, (Brasil), o poeta e crítico literário António Carlos Cortez, (Portugal), o poeta Lau Siqueira (Brasil) e o guineense Francisco Conduto Pina.

Entre os moçambicanos marcarão presença, entre outros, o Prêmio BCI de Literatura 2020, Celso C. Cossa, o secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos Carlos Paradona, Eduardo Quive, Aurélio Furdela, Armando Artur, Sara Laisse, Marisa Mendonҫa, e Ana Mafalda Leite.

Ao todo, os 2 meses de programação envolverão mais de 200 participantes directos, 5 mil visualizações, entre escritores, políticos, empresários, gestores culturais, críticos literários e pensadores.

Segundo o curador brasileiro, o poeta Nuno Rau, “o Templo D´Escritas” é um encontro “grandioso” que espera que “nos faça alcançar com vigor as margens que hoje vemos de alguma distância”.

Este certame, veio traduzir “a possibilidade de concretização de uma ponte mais concreta e sólida com toda a comunidade dos países de língua portuguesa, e notadamente os do continente africano, dos quais estamos mais isolados, na prática, do que de Portugal”, afirma Rau.

“Temos feito tentativas pontuais para aumentar esses fluxos através de Mallarmargens (que é na verdade exactamente isso, um canal condutor de fluxos e potências), explicou.

Fronteiras

Por seu turno, o curador moçambicano, o poeta Amosse Mucavele, apontou a necessidade de se ampliar o olhar plural, de vários ângulos com diferentes perspectivas, perpassando uma multiplicidade de temas, lugares, estilos, abordagens culturais.

“É um festival que tem por base o desdobramento das múltiplas fronteiras e geografias literárias, com a pretensão de tornar-se num encontro multidisciplinar dedicado à partilha de sonhos, questionamentos, que permitem cruzar idiossincrasias, identidades, ligando trajectos culturais e históricos, trazendo também novas dinâmicas à comunidade das inúmeras expressões portuguesas em geral”, defende Mucavele.

Este festival é também a celebração da língua portuguesa e tem por objectivo o aperfeiçoamento do intercâmbio dos povos ligados à CPLP quer como parte integrante da formação humana e da vida social, quer como uma componente essencial no fomento do diálogo intercultural, “um projecto tão ambicioso e promissor no que a promoção da
Língua Portuguesa diz respeito”, explica o coordenador do Templo D’Escritas, Abreu Paxe.

Nesta primeira edição participam em grande escala escritores e instituições dos países da CPLP, como Angola, Portugal, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Brasil, Timor-Leste, Guiné-Bissau e Cabo Verde, mas a organização pretende envolver a contribuição de autores, leitores, editores, dirigentes políticos e estudiosos das
literaturas de língua portuguesa independentemente de serem parte do espaço geopolítico do espaço comunitário,

Trata-se de uma iniciativa do Fórum + Cultura (Moçambique) e Revista Mallarmagens (Brasil), em parceria com a Vírgula Edições, Lavatsongo, com apoio do Camões – Centro Cultural Português em Maputo e com mais de uma dezena de parceiros estratégicos, que farão a retransmissão dos debates nas suas páginas virtuais.

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