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Sociedade

Santiago: Chuva renova esperança dos agricultores

Os agricultores, principalmente, os do interior de Santiago, estavam com receio de perder a sementeira – pela terceira ve -, mas, com a queda de fortes chuvas, durante a noite de sexta-feira e de todo o dia de sábado, respiram de alívio e perspectivam um bom ano agrícola.

Os contactados pelo A NAÇÃO, dizem que a chuva “veio em boa hora”, uma vez que, para além de germinar as sementes nas zonas que ainda não tinha chovido”, vai, também, matar muitas pragas, nomeadamente: gafanhotos e “vários outros bichos”, que estão a dizimar o cultivo do milho, sobretudo, nas zonas altas.

O agricultor António Monteiro, natural de Achada Falcão, no concelho de Santa Catarina, confessa que essa chuva trouxe um novo alento para os homens do campo. “Estava com receio de perder a sementeira, pela terceira vez. Mas Deus socorreu-nos no momento certo. Esta é a chuva mais forte registada depois de três anos consecutivos de seca. Por isso, vai resolver muitos problemas, nomeadamente: pragas e falta de água nas nascentes”, manifesta.

Por seu turno, Carlos Tavares, de São Lourenço dos Órgãos, afirma que muitos agricultores “estavam desanimados”, mas que,  com a queda das chuvas, acredita que, a partir deste domingo, 6, e segunda-feira, 7, muitos vão começar a refazer as sementeiras.

”Já tínhamos semeado com a queda das primeiras chuvas, registadas em Agosto, mas acabaram por secar. Agora o chão já está bem molhado, e vamos semear com ânimo”, sustenta Tavares.

O cenário agrícola no interior de Santiago, está dividido em duas fases, nas zonas altas, dos concelhos de Santa Catarina e de São Salvador do Mundo – Picos -, São Lourenço dos Órgãos, São Miguel e Tarrafal, os agricultores já estão a fazer a “ramonda”  (segunda monda), com as plantas na fase de floração.

Nas zonas baixas, muitos agricultores estão, ainda, a refazer as sementeiras, com alguns a fazerem primeira monda.

Apesar das fortes chuvas deste final de semana, com as cheias a correrem nas ribeiras, a água ainda não chegou a nenhuma das barragens de Santiago.

 

Silvino Monteiro

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