O projeto desenvolvido por esta organização não governamental passa pelo reaproveitamento dos dejetos dos assentamentos de pescadores para a produção de gás natural e fertilizantes e dos resíduos sólidos que acumulam na Praia dos Achados para reciclagem. O projeto é ainda para este ano de 2020.
Para a sua concretização a Biosfera 1 conta com o financiamento e apoio técnico de instituições internacionais.
Segundo informações avançadas pelo presidente da organização, Tommy Melo, à RCV, existem naquela reserva natural assentamentos que agregam mais de 80 pescadores e por isso a necessidade de atuar nesta área.
“Vamos começar a fazer testes com um biodigestor e já temos contactado uma equipa de trabalho da América do Sul, que vai fazer o tratamento dos dejetos para a obtenção de produtos úteis, que são fertilizantes naturais e gás natural”, explica Tommy Melo, que adianta que primeiramente a máquina será instalada na ilha de São Vicente e,
posteriormente, na reserva natural de Santa Luzia.
Por outro lado, muitos resíduos jogados ao mar, em diversas partes do mundo, vão acumular exatamente na costa de Santa Luzia, pelo que a instituição aguarda pela chegada de especialistas da área para o tratamento dos resíduos sólidos.
Apesar da pandemia de Covid-19 e da limitação dos meios de transporte, o presidente da organização acredita ser possível obter resultados visíveis até ao final deste ano.
“Temos consultores que chegam antes do final do ano que vão analisar, de forma bastante cuidada, o lixo que chega na Praia dos Achados, em Santa Luzia, para tentarmos encontrar um melhor resultado final”, diz Melo.
O presidente da Biosfera 1 apela ainda ao envolvimento da população cabo-verdiana neste novo projeto, de forma a “colmatar um pouco esta problemática que tem em Santa Luzia”.
Suila Soares
Estagiária
