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Ginásios na Praia e no Sal ponderam despedimento coletivo no final de Setembro

Com as portas fechadas desde o mês de Março, já não há mais margens de manobra para aguentar o negócio. 

 

Até o final do mês de Setembro, 33 funcionários do grupo de ginásios Sal Fitness, dois dos quais na ilha do Sal, e um na Praia, deverão ser despedidos coletivamente, segundo anunciou o proprietário, Paulo Nunes.

O motivo está na inatividade destes espaços, com as portas fechadas desde o mês de Março, como medida de prevenção contra a propagação da covid-19 no país.

Uma medida que, para os proprietários, a esta altura, não faz sentido.

Sufocados, e sem poder cumprir, sequer, o regime de lay off, estes já pensam numa decisão mais drástica, caso as autoridades não revejam as imposições do estado de calamidade, que vai até 31 de Outubro.

“Não nos resta outra opção. Os funcionários estão a sofrer, pois o ginásio não tem condições de pagar os 35%, com facturação zero. O INPS também não tem estado a pagar os 75%, não obstante estarem todos com a  situação regularizada”, lamenta Paulo Nunes.

Este empresário garante ainda que, com o manual de reabertura que recebeu da federação portuguesa, reúne as condições para seguir um protocolo de segurança aplicado a nível mundial, para além da capacitação dos funcionários sobre todos os procedimentos que devem ser seguidos.

“O manual exige a redução em 50% da capacidade de lotação, mas nós estamos dispostos a funcionar com muito menos do que isso. Temos a capacidade de colocar, por hora e em segurança, 20 pessoas dentro do ginásio, com 800 m2”, explica, avançando que, antes da pandemia, cada ginásio recebia, por dia, uma média de 200 pessoas.

Neste momento, segundo diz, o objectivo não é ter lucro, mas manter as portas abertas e preservar os empregos dos seus colaboradores.

“Eu fico triste quando vejo aglomerações de pessoas noutros lugares, a beber e a conviver, enquanto no ginásio, as pessoas vêm para se cuidar. O exercício físico é um aliado na saúde, inclusive na imunidade”, argumenta.

Paulo Nunes não entende, portanto, por que é que em Cabo Verde os ginásios continuam fechados, enquanto que em outros países, com picos muito maiores da doença, eles funcionam, dentro das restrições de segurança.

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