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Economia

TICV apela ao regresso dos turistas para alavancar voos domésticos

Com uma queda de 72,5% de ocupação em Setembro, a companhia diz que a recuperação da procura de voos domésticos depende da retoma das ligações internacionais regulares.  

 

A Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV), antiga Binter CV, estima movimentar 7.200 passageiros em Setembro, registo 72,5% inferior ao mesmo homólogo de 2019.

Com esta queda de 72,5% em Setembro, a companhia diz que a recuperação da procura de voos domésticos depende da retoma das ligações internacionais regulares.

Segundo informações avançadas ao A NAÇÃO, em comunicado, a empresa argumenta que depois de mais de três meses e meio de ligações internas suspensas, devido às restrições da covid-19, desde a retoma das operações a 15 de Julho, registou-se um crescimento “progressivo” no número de passageiros transportados.

“Contudo, o movimento de passageiros permanece significativamente abaixo dos níveis anteriores à pandemia de covid-19, desde logo devido à suspensão, ainda em vigor, das ligações aéreas internacionais regulares, desde a segunda quinzena de março, com um peso significativo na operação da companhia, que assegura depois as conexões internas entre as várias ilhas”, atesta.

Em 2019, explica a companhia, cerca de 40% dos passageiros que se apresentaram ao ‘check-in’ nos voos domésticos que operaram, utilizaram o passaporte como documento de identificação.

“É óbvio que nem todos serão passageiros oriundos do exterior, mas já dá uma ideia da importância da abertura a voos internacionais para todos, não apenas para a TICV”, reconheceu Luis Quinta, Diretor Geral da TICV.

Regresso dos turistas

A companhia, que há um ano assinalou o milhão de passageiros transportados em Cabo Verde, movimentou 6.800 passageiros em Agosto (43.900 passageiros em Agosto de 2019) e 7.200 passageiros em setembro (26.200 em Setembro de 2019), pelo que, “sem a retoma das ligações internacionais regulares, nomeadamente com o regresso dos turistas, ainda não será em Outubro que os voos domésticos poderão crescer significativamente”.

“A continuar assim, temos sérias dúvidas que em Outubro se ultrapasse a barreira dos 10.000 passageiros. Na nossa óptica é de absoluta e vital importância a abertura oficial ao exterior, com a consequente chegada e movimento de mais passageiros”, apela Luís Quinta.

Recorde-se que desde 1 de Agosto que está em vigor um corredor aéreo para voos essenciais entre Lisboa (Portugal) e Santiago e São Vicente, operados pela TAP e mais recentemente a SATA.

“Neste momento já estamos a ligar os passageiros que chegam com a TAP à Praia e a São Vicente às outras ilhas, e nas duas últimas semanas os passageiros que chegam com a SATA de Boston, via Ponta Delgada, à Praia, ligando às ilhas do Fogo e de São Vicente. Esperamos que estas companhias reforcem a sua oferta para Cabo Verde e esperamos também que outras companhias as sigam o mais breve possível”, perspectivou ainda Luis Quinta.

A TICV garante que nos voos domésticos os passageiros estão a cumprir “todas as medidas de segurança” definidas pelas autoridades, reforçando o apelo à necessidade de quem viaja já ter o formulário sanitário preenchido, antes da chegada ao aeroporto, para evitar atrasos.

O uso de máscara em todas as áreas dos aeroportos, o controle sanitário à entrada dos aeroportos, o distanciamento social assim como higienização e etiqueta respiratória têm sido cumpridos, dizem, “na íntegra por todo o staff envolvido nas operações da TICV, assim como por todos os passageiros”.

Antes da suspensão dos voos, as ligações aéreas de passageiros para sete ilhas do arquipélago eram garantidas pela TICV com nove rotas operadas por três ATR-72 500, com capacidade para 72 passageiros, operação que tem sido progressivamente recuperada desde 15 de Julho.

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