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Economia

CVA diz que está a “envidar” esforços para voltar a operar assim que o ambiente comercial e da pandemia permitirem 

Porém, os três boeings afectos à companhia continuam retidos em Miami. Permanece o silêncio sobre a real situação e futuro da companhia

A Cabo Verde Ailines/TACV diz que está a “envidar todos os esforços” para garantir que possa voltar a realizar operações de forma “eficiente e fiável”,  assim que o ambiente comercial e a situação da pandemia o permitirem, ou seja, assim que os números de infecção pela covid-19 no país comecem a diminuir. 

“A abertura de fronteiras estrangeiras e o aumento do fluxo de passageiros será a métrica chave para essa decisão”, argumenta a companhia. 

A CVA diz que a abertura “repentina” das fronteiras internacionais de Cabo Verde é um “primeiro passo” na “longa caminhada” que está pela frente para “revigorar” o turismo e a economia nacional de Cabo Verde.

A companhia diz ainda que espera ser “parte integrante dessa viagem”, e que com passos “cuidadosos” e bem “medidos”, “chegaremos ao fim desta expedição tumultuada, mais uma vez ligando quatro continentes”, através do hub do Sal. 

No comunicado, em inglês, e assinado pelo PCA da empresa, Erlendur Svavarsson, a companhia afirma ainda que, “lamentavelmente”, também se pode constatar que “a maior parte dos nossos principais mercados” emissores, “continuam inacessíveis”. Isto porque, “grande parte desses passageiros se abstém de reservar voos para Cabo Verde devido às elevadas taxas de infecção, tanto a nível mundial como local”.

Apesar da abertura das fronteiras internacionais de Cabo Verde, a CVA explica que “as fronteiras de outros países permanecem em grande parte fechadas aos passageiros provenientes de Cabo Verde, independentemente da nacionalidade desses passageiros”. 

Actualmente, diz o comunicado, os poucos destinos que têm as fronteiras abertas, na maioria das vezes têm requisitos de entrada e quarentena. “Isso significa que as projecções para o número de passageiros permanecem baixas”. 

Mesmo assim, recorde-se que neste momento existe um impasse entre o Governo e a Icelandair, que detém 51% da companhia, impasse esse que mantém retidos em Miami, na Flórida, EUA, os três boeings afectos à CVA. Ou seja, na prática a companhia está sem aviões para operar. Os islandeses, como já escreveu várias vezes o A NAÇÃO, quer mais dinheiro para voltar a operar. 

Basicamente, o hube do Sal foi desmantelado, sem aviões e com o regresso da maioria dos funcionários, pilotos, tripulantes de cabine e pessoal de terra, à cidade da Praia, o futuro da companhia permanece incerto. Há ainda funcionários que não estão afectos ao lay-off, com salários em atraso.

Sabe o A NAÇÃO que os próprios trabalhadores estão apreensivos com a situação, pois reina o silêncio em relação ao futuro da empresa. 

 O ministro dos Transportes e Turismo, Carlos Santos, ficou de dar explicações no Parlamento, na sessão que hoje arrancou, sobre a situação da companhia e esclarecer também sobre aquilo que o Governo estará a fazer para salvar a mesma.

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