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Cultura

Profissionais das artes e espectáculos manifestam-se hoje pela retoma do sector em Cabo Verde

Músicos e profissionais do mundo das artes e espectáculos de Cabo Verde realizam este domingo, 18, Dia Nacional da Cultura, uma manifestação silenciosa e distanciada, apelando à retoma do sector. 

A manifestação acontece simultaneamente em várias ilhas, a partir das 17h, para alertarem para a situação  “insustentável” vivida pela classe. Sal, Santiago, Santo Antão e Boa Vista irão assim unir-se pela causa da cultura.

Em São Vicente a manifestação não foi autorizada pelas autoridades sanitárias conforme avança o MindelInsite, mas mesmo assim os profissionais das artes e espectáculos vão concentrar-se, cumprindo as regras impostas, exibindo cartazes na praça onde se encontra o mural da Cesária Évora, praça Dom Luís.

Segundo os promotores, de forma geral, a manifestação visa sensibilizar as autoridades competentes para a situação difícil e insustentável vivida pela classe, ao fim de cerca de oito meses de desemprego.

Numa nota assinada por Nuno Levy, a partir da ilha do Sal, os artistas cabo-verdianos denunciam que debatem-se, na sua grande maioria, para conseguir “sobreviver nesta profissão, mesmo em tempos normais”, fará na actual situação vivida pela covid-19.

“Hoje vivemos uma situação atípica, causada pela pandemia, que obrigou ao encerramento das casas de cultura e de todos os espaços públicos, arrastando para o desemprego, centenas de chefes de família, em todas as ilhas, que vivem e sobrevivem deste sector”, alertam.

Os mesmo alegam que , apesar de se assistir à retoma de diversos postos de trabalho em todo o país, mantêm-se as proibições para muitas casas de música e de cultura, ainda que respeitando as normas sanitárias e reduzindo para um terço a sua lotação

“Havendo o respeito pelas normas sanitárias impostas, e à semelhança de outros espaços públicos que já se encontram em funcionamento, apelamos às autoridades para a reabertura dos espaços culturais, para que a força de trabalho no sector artístico possa reaver a sua dignidade”.

Os promotores lembram que “silenciar a música é silenciar toda uma nação”.

“A música, como toda a forma de arte, é responsável por tornar essa crise menos insuportável. Portanto, caro governante, caro empresário, caro cidadão comum (que acha mau apoiar os artistas)… nós vamos lutar e a música voltará a ecoar nos cutelos e ribeiras, nas praias e nas cidades de Cabo Verde… com vossa ajuda ou sem ela!!! Viva a Música! Viva a Cultura!”, defendem.

Os artistas marcharão em silêncio, devidamente distanciados, usando máscaras faciais e empunhando os seus instrumentos de trabalho.

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