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Diáspora

Nove anos de prisão para cabo-verdiana que abandonou o filho recém nascido no lixo em Portugal

Sara Furtado, a cabo-verdiana, de 22 anos, que abandonou o filho, recém nascido, num caixote do lixo em Lisboa, Portugal foi hoje condenada a 9 anos de prisão.

O Tribunal Central Criminal de Lisboa, considerou ter ficado provado que Sara Furtado tinha intenção de matar o filho, bebé, avança a imprensa portuguesa, citando a agência LUSA.

Sara Furtado, que abandonou o filho, em novembro de 2019, num ecoponto, em Santa Apolónia, Lisboa, Portugal, foi assim condenada a nove anos de prisão efetiva, por tentativa de homicídio qualificado.

Recorde-se que a 7 de Outubro, o Ministério Público (MP) tinha pedido “uma pena de prisão não inferior a 12 anos” para a arguida, pois, o MP considerou que Sara Furtado agiu de forma premeditada, tendo escondido a gravidez de todos: da família, do namorado e de outros sem-abrigo que viviam com ela em tendas, em Santa Apolónia.

“Depois de ter sido encontrado o bebé, a arguida não quis saber. O que nos dá a entender é que os factos ocorreram como a acusação e não como disse a arguida”, referiu a procuradora do MP, na ocasião, adiantando que Sara Furtado “não demonstrou qualquer arrependimento”.

O caso foi muito mediatizado, incluindo em Cabo Verde, e houve quem saísse em defesa da jovem mãe, apelando à compreensão do contexto e da situação vivida pela mesma, para ter chegado ao ponto de colocar o recém nascido no ecoponto.

A sorte do bebé foi ter sido encontrado por um sem-abrigo, e encaminhado para uma unidade hospitalar, onde veio a recuperar.

Na altura, escreve o Correio da Manhã, que cita a LUSA, a presidente do Instituto de Apoio à Criança (IAC) defendeu que a jovem abandonou o filho sem querer matá-lo, não sendo esta a opinião do Ministério Público.

Segundo Dulce Rocha, a mulher estava numa situação de vulnerabilidade que a levou a abandonar o filho, mas não havia “indícios”, como lesões ou sinais de asfixia, que apontassem para tentativa de homicídio.

No julgamento, segundo o Jornal de Notícias, Sara Furtado confessou que deitou o bebé no ecoponto, não para se desfazer dele, mas com a intenção de que fosse encontrado, justificando o acto com a “vergonha” e o “medo” de ter um filho e viver na rua.

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