Cabo Verde chumbou o pedido para a constituição do Banco Sino-Atlântico, do empresário macaense David Chow.
Ao que tudo indica, conforme avança o site Ponto Final, de Macau, o projecto foi chumbado por não terem sido entregues todas as informações e documentos legalmente exigidos.
O pedido da criação do banco, recorde-se, foi feito em 2018. Assim, dois anos depois de ter sido formalizado o pedido de abertura do referido banco, David Chow foi informado que o projecto não vai ver a luz do dia.
Segundo a mesma fonte, que cita fonte do BCV, o pedido do Legend Globe Investment, como se sabe, o grupo empresarial liderado por Chow, não estava, de acordo com a legislação citada pelo BCV, “instruído com todas as informações e documentos necessários”.
Em falta no pedido de autorização, observaram-se, por exemplo, lacunas na identificação completa dos accionistas fundadores, nas informações sobre participações qualificadas, no modelo de gestão, na análise de viabilidade do projecto e no contrato de sociedade do Banco Sino-Atlântico.
“Importa pontuar que a autoridade de supervisão requereu aos promotores do projecto o fornecimento de informações e esclarecimentos com vista ao suprimento das deficiências encontradas”, nota o BCV, que comunicou em Fevereiro deste ano a decisão de recusa a Chow.
Recorde-se que Chow entregou o requerimento para a constituição do Banco Sino-Atlântico a 16 de Fevereiro de 2018, depois de, em Junho do ano anterior, ter assinado um memorando de entendimento com o Governo de Cabo Verde para a criação dessa instituição financeira.
David Chow, que tem em curso a construção do complexo Djéu na cidade da Praia, que compreende a construção de um casino entre outras valências turísticas e culturais, recebeu do governo cabo-verdiano uma licença de jogo de 25 anos, 15 dos quais em regime de exclusividade, em Santiago. Porém o projecto tem sofrido várias alterações desde o início e está a ser feito de forma faseada.
A Macau Legend Development havia, entretanto, anunciado em Março último que o hotel-casino deveria abrir as portas no final de 2021, embora mais recentemente o executivo cabo-verdiano tenha admitido que a conclusão do empreendimento possa sofrer novos atrasos devido à pandemia da covid-19.
C/ Ponto Final (Macau)
