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Política

Olavo Correia afirma que o país vai continuar a endividar-se para ter recursos e injetar na economia

No âmbito da apresentação pública do plano nacional e resposta à recuperação e promoção da economia, o vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, afirmou que Cabo Verde vai ter que continuar a endividar-se para ter recursos para injetar na economia, proteger as empresas, investir na saúde e educação e promover a retoma económica.

Diante da pandemia, Cabo Verde está a ser confrontado com uma “recessão económica muito dura”, cujos valores podem chegar a 8,5 e 11%, com uma redução de mais de 40% nas receitas públicas, sendo assim, o Estado é chamado a intervir e combater as consequências emergenciais da pandemia da covid-19, o governante afirmou que “não resta alternativa senão o recurso o endividamento”, explicou citado pela Inforpress.

“Outras seriam cortar salários, cortar remunerações, aumentar impostos e reduzir rendimentos às famílias, medidas que não serão de todo racionais que sejam feitas neste quadro pandémico e recessivo”, disse o ministro.

Para fazer face às necessidades emergenciais e criar um quadro de pagamento ao longo prazo, o governante explica que a ideia é fazer recurso ao endividamento público, seja interno ou externo no curto prazo, para que as próximas gerações possam pagar essa factura e evitar que a geração atual, dentro de um quadro pandémico e de recessão económica, possa ainda assim ser obrigada a pagar todos os custos sociais e financeiros desta pandemia.

Devido ao prolongamento da pandemia e das consequências económicas, as empresas, diz Olavo Correia, terão menos capacidade financeira para continuar a fazer face às despesas correntes com os salários, o que pode implicar o aumento de desemprego, por isso, adiantou que o Governo vai continuar a intervir para acudir as empresas e impedir que o país venha a ter desemprego em massa.

“Governo vai criar linhas de financiamento para que isto aconteça, com bonificação de juros que pode ir até 100%. É óbvio que temos recursos limitados para acudir a todos, empresas, famílias e instituições, mas dentro do limite daquele que está à nossa disposição, o Estado vai continuar a intervir”, garantiu.

O governante mostra-se confiante diante de um quadro que diz ser “difícil e imprevisível”, e afirma que o país e todos os intervenientes vão conseguir ultrapassar essa fase e “gerir bem” a pandemia, quer no plano epidemiológico, quer no plano social.

Para além das questões emergenciais, adiantou que é necessário olhar para o futuro e para as reformas que devem ser empreendidas para colocar o país na rota do crescimento.

“Foco na saúde e segurança total, mas também educação, sobretudo, utilizando as novas tecnologias, as reformas económicas para melhorar o ambiente de
negócios e o clima de investimentos para continuarmos a atrair o investimento privado, mas também a criação de condições para que as empresas pujantes,
melhor governadas e que estão a apostar no investimento futuro possa ter essas condições”, finalizou.

C/ Inforpress

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