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São Vicente

Mãe com filha doente pede ajuda à CMSV e à sociedade cabo-verdiana

Gisela da Luz, mãe de duas crianças, uma das quais com problemas de saúde, pede ajuda à Câmara Municipal de São Vicente (CMSV). Alojados no Quintal das Artes, mãe e filhos vivem de ajudas, visto que Gisela está impossibilitada de trabalhar devido às condições de saúde da filha de 7 anos.

Gisela da Luz, que já havia sido entrevistada pelo A NAÇÃO em Agosto passado, veio mais uma vez à comunicação social pedir ajuda, desta vez através da RCV.

Na altura, Gisela da Luz disse a este online que a filha, Lauren de 7 anos, após a realização de um TAC, tudo apontava para um tumor craniano, e que depois de internada no Hospital de São Vicente, foram evacuadas para a cidade da Praia, onde Lauren seria acompanhada por especialistas.

Sensivelmente quatro meses depois, Gisela da Luz, em entrevista à RCV explica que a “única coisa que fizeram foi uma teleconsulta, com neurologistas e pediatras de Portugal e da Praia” e teve de regressar ao Mindelo.

“Tive ajudas de pessoas de fora e de Cabo Verde também e guardei o dinheiro. Quando vi que as coisas não estavam a melhorar na cidade da Praia decidi vir para São Vicente e quando cheguei fui fazer uns exames todos pagos no Medicentro. Ela não tem um tumor craniano, ela tem uma atrofia cerebral e quanto mais tempo passa, ela corre o risco de ter paralisia mental, ou também pode vir a ficar paraplégica e parar de andar”, esclarece a mãe de Lauren.

Devido às condições de saúde da filha, Gisela da Luz não consegue trabalhar e diz que a situação está cada vez mais complicada.

“Eu não consigo trabalhar. Ela convulsiona, tem uma bateria de remédios para tomar e eu não tenho seguro. Tinha de fazer outras consultas e exames, mas eu não tenho como. E por isso peço ajuda. Não tenho como alugar um espaço, no momento estamos no Quintal das Artes, graças a ajuda de um artista e se não fosse ele estaria na rua junto com os meus filhos.”, diz Gisela.

“Agradeço, mas não tem condições no espaço. Não tem casa de banho e utilizamos casa de banho pública, ao lado do mercado de peixe. Muitas das vezes o lugar está fechado e fazemos as nossas necessidades em um balde ou nas bolsas e depois vou jogá-los no mar”, explica.

De acordo com a mesma fonte, os serviços sociais da CMSV já têm conhecimento da situação e Gisela recebeu algum apoio por parte da loja social.

“Já fui à Câmara, já fui aos serviços sociais e, por acaso, deram-me alguma ajuda que fez alguma diferença. Já tentei falar com o presidente e até agora nada. Ontem fui ao ICCA e disseram que todos os direitos que o ICCA tem foram canalizados para a área social da Câmara. Todos os passos que dou são adiados”, concretiza.

Gisela da Luz pede apoio a todos que de alguma forma conseguirem ajudar, principalmente à CMSV, perante a situação desesperadora em que se encontra.

“O apelo que eu deixo é que quem puder me ajude. O meu número de telefone é o 950-46-47.”, finaliza.

C/RCV

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