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Política

Presidente da Câmara Municipal da Boa Vista acusa a gestão camarária anterior de desvio de financiamento de obras públicas

Cláudio Mendonça acusa a gestão anterior da Câmara Municipal (CM) de desvio de um empréstimo financeiro, no valor de 36.600 contos destinados às obras municipais.

Em conferência de imprensa, ontem em Sal Rei, o recém-eleito à liderança da CM, Cláudio Mendonça, acusou a última gestão camarária, liderada por José Luís Santos, de desvio de financiamento de obras municipais, sendo que parte desse crédito foi usado para o pagamento de subsídios de reintegração dos vereadores e algumas indemnizações do quadro especial do seu gabinete. Conduta que o atual edil classificou de ilegal e atentatório aos interesses da população da Boa Vista.

Segundo Mendonça, a gestão anterior da CM da Boa Vista contraiu, em Setembro de 2020, um crédito de investimento de 65.000 contos para a requalificação urbana e habitação social, afirmando que é desconhecida a aplicação do valor de 36.600 mil contos.

O montante de 36.600 contos foi desembolsado em três tranches, entre Setembro e Novembro, dos quais nesse último mês foram desembolsados 15.000 contos, “dois dias antes da investidura da nova equipa camarária”.

Segundo Cláudio Mendonça, citado pelo Boa Vista no Ar, os dois desembolsos (3.000 contos em Setembro e 18.600 contos em Outubro) aconteceram numa altura, em que por lei, a Câmara Municipal não pode lançar obras, tendo em conta o período eleitoral e o último viola flagrantemente as leis e os princípios éticos e financeiros a que se encontram vinculadas as câmaras municipais”, afirmou Mendonça.

De acordo com a mesma fonte, o autarca considera que “o mais grave” é que se desconhece a aplicação dos 36.600 contos, realçando, por exemplo, que os projetos de requalificação de entrada de Estância de Baixo e Cabeça dos Tarafes não existem, as obras do Rabil ainda não iniciaram e não há registo, nos serviços municipais, de habitações sociais construídas com o financiamento em causa.

Entretanto, Mendonça sustentou que do crédito só sobraram 28.400 contos, o que irá comprometer a realização de projetos como a entrada do Rabil (33.000.00), do largo da igreja de Fundo das Figueiras (8.500.00), da entrada de Estância de Baixo, incluindo o miradouro (3.500.00), Cabeça dos Tarafes (2.000.00), entrada e largo de Bofareira (9.000.00) e a construção de habitação social, no valor de 9.000 contos.

C/Boa Vista no Ar

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