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Política

São Vicente: PAICV volta a criticar política dos transportes marítimos e fala em “falhanço total” 

O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), voltou a criticar a política dos transportes marítimos implementada, nos últimos quatro anos, concluindo que houve “falhanço total” do Governo, neste sector.

Através de uma conferência de imprensa, realizada na quinta-feira (21), em Santo Antão, João do Carmo, membro da Comissão Política do PAICV em São Vicente, disse que, “neste momento, há claramente, um retrocesso em relação à ligação marítima entre as ilhas e das ilhas com o mundo”, que demonstra que o Movimento para a Democracia (MpD), no poder, falhou em termos de política, neste domínio.

“O PAICV, uma vez mais, manifesta-se contra a falta de política nos transportes marítimos em Cabo Verde. Há um falhanço total com relação aos transportes marítimos. Estamos no fim da Legislatura e o Governo reconhece que vai rever o acordo de concessão com a empresa Inter-ilhas”, avançou João do Carmo, em declarações reproduzidas pela Inforpress.

Segundo do Carmo, o maior partido da oposição está “solidário” com os cabo-verdianos, que vêm reclamando dos problemas de ligação entre as ilhas.

O Governo prometeu, neste mandato, cinco navios novos, mas, no final desta Legislatura, há apenas um barco novo e sistemáticas avarias nos outros navios, numa altura em que o arquipélago está a ser ligado apenas com três navios, avançou o membro da Comissão Política do PAICV, segundo o qual este partido tem uma outra “visão” quanto aos transportes marítimos.

“O PAICV tem a sua visão que vai numa aposta clara nos armadores nacionais, criando condições para a concessão de avales, para que a classe possa renovar a frota. É uma posta naquilo que sempre nos serviu. Não temos dúvidas de que os armadores nacionais têm capacidade, conhecem as águas e têm uma experiência grande neste sector”, sublinhou este responsável.

Conforme João do Carmo, o Governo colocou de lado os nacionais, preferindo gastar, por ano, dos cofres do Estado, cerca de 350 mil contos com a empresa concessionária, “muito dinheiro” para uma sociedade estrangeira, entende.

Para o PAICV, a política deveria ser aposta nos armadores nacionais, que tem um “know-how” e que, desde 1975, têm “servido muito bem os cabo-verdianos, com a ligação regular das ilhas e para o mundo”.

C/INFORPRESS

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