Nove comerciantes cabo-verdianos, que viajavam para a França via Marrocos, encontram-se retidos no aeroporto de Casablanca, sem autorização para entrar na Europa. Em causa restrições da covid-19.
Os passageiros afirmam que quando adquiriram as passagens na Air Marroc nada lhes foi dito sobre o impedimento de seguir viagem para a Europa.
Em declarações à RCV, Sonia Ortet, porta-voz do grupo, afirma que foram impedidos de seguir viagem e que os contactos com a transportadora marroquina não resultaram.
“Quando chegamos disseram que os nossos passaportes não passavam e que só poderiam entrar na França cidadãos americanos, canadianos e europeus. Pedimos para ver a notificação e nela não havia nenhuma destas informações”, assegurou.
Segundo esta comerciante, até mesmo a agência onde compraram os bilhetes, na Praia, ficou surpresa, pois, segundo alegam, não sabiam de nada.
“Na hora do check-in fizeram as mesmas perguntas e não havia nenhum problema”, estranha.
São oito mulheres e um homem retidos no aeroporto de Casablanca desde ontem, domingo, sem as mínimas condições e o voo de regresso da Air Marroque so acontece no dia 29.
“Como a polícia de Marrocos não nos permite passar a fronteira para ficar num hotel, e para não ficarmos a dormir no chão, como aconteceu ontem, sugeriram nos colocar num hotel em Dakar, mas, a partir daí, não conseguem nos colocar na Praia”, explicou Sonia Ortet.
Os comerciantes aceitaram seguir para Dakar, com voo previsto para esta noite, mas devem ser eles a custear o regresso para a Cidade da Praia.
Por isso, pedem que as autoridades cabo-verdianas façam valer os seus direitos, já que compraram passagens para o destino final, no caso Paris.
C/ RCV
