Os moradores de Achadinha, na Cidade da Praia, alertam para a crescente onda de assaltos e apelam às autoridades policiais a intensificarem o patrulhamento das principais ruas desse bairro.
Esses moradores, que se dizem preocupados com a situação, relatam que são cada vez mais frequentes os gitos de pedidos de socorros de pessoas que são assaltadas à luz do dia, sobretudo durante o período compreendido entre as 10 da manhã e três horas da tarde.
Em declarações ao A NAÇÃO online, a monitora do jardim infantil “Catly” afirma que, só por estes dias (menos de uma semana), houve, durante o dia, mais de dez casos de assaltos nos arredores daquele recinto do pré-escolar.
“Todos os dias ouvimos gritos e, quando saímos, dizem-nos que são assaltos, principalmente na rua de trás. São inúmeros casos, entre eles, uma idosa a que os assaltantes levaram o seu fio de ouro. A uma aluna do liceu, que ficou ferida no pescoço, levaram-lhe o telemóvel”, conta Maria Alice, lembrando, igualmente, que, há bem pouco tempo, assaltaram a um comerciante que vende roupas na mesma rua do jardim infantil e levaram os seus pertences.
“Em alguns dos casos, os agentes da polícia apareceram. Mas, quando vão embora, os assaltantes voltam a tocar o terror. Creio que, se houvesse presença permanente dos agentes na rua, as pessoas que circulam por aqui estariam mais seguras”, diz, sublinhando, que, para pôr fim à situação, é necessário uma maior vigilância policial na zona.
Rua do Mercado e do Liceu Regina Silva
Os moradores mais atentos, alertam às pessoas que circulam pela zona a estarem mais atentas e a não andarem com os seus pertences na mão, nomeadamente telemóveis, sobretudo na Rua do Mercado e do Liceu Regina Silva, onde tem-se registado assaltos consideráveis durante o dia.
“Os assaltantes, por vezes, são pessoas singulares que, normalmente, passam por aqui e, quando verificam qualquer situação que lhes favorece, aproveitam. Já vi um rapaz a seguir uma estudante que estava com o telemóvel na mão. Tive que chamar essa estudante, alertando-lhe para o perigo que corria”, diz uma vendedeira que solicitou o anonimato.
Em conversa com outros moradores de Achadinha conseguimos apurar que os assaltos também aumentaram durante a noite.
“Há duas semanas ou mais que temos escutado mais gritos na rua. É um sinal de que os assaltos aumentaram. Até mesmo as pessoas que vendem churrascos estão a ir para casa mais cedo, cientes do perigo que correm “, diz uma senhora que mora ao lado da Igreja do Nazareno, alertando as autoridades policiais sobre a necessidade de circularem com mais frequência no bairro para dar mais tranquilidade aos moradores.
