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Saúde

Santiago: Equipa de neurologista do HAN reforçada em breve com mais dois especialistas

Esta informação foi avançada pela neurologista Antónia Fortes do Hospital Agostinho Neto (HAN), no âmbito do dia internacional de sensibilização da epilepsia que se assinala hoje.

Em entrevista à RCV, para marcar este dia, a neurologista do HAN, Antónia Fortes, elucidou sobre este assunto, sublinhando que a Epilepsia é uma doença crónica, mas que pode ser tratada e evitada.

“Em muitos casos é tratável, principalmente a epilepsia assintomática, que é uma epilepsia que pode ser evitável, como as infeções do sistema nervoso como a meningite, infeção por parasitas, que é uma patologia que podemos tratar”, explica a médica que aconselha que devem ser evitados alimentos crus ou mal cozidos, alimentos contaminados, para que estes não atinjam o sistema nervoso.

A neurologista explica também que a epilepsia pode se manifestar de diversas maneiras, como é o exemplo da clássica ou generalizada, que faz com que o doente perca a consciência e tenha movimentos involuntários.

Ressalta ainda que devemos ter muita atenção a um tipo de epilepsia que está presente na infância e na adolescência, que se nomeia por ‘epilepsia da ausência’. É uma epilepsia tratável, mas caso não for pode afetar a aprendizagem.

A médica faz referência também ao tratamento social e laboral que é dado aos doentes epiléticos.

“Há um certa estigma com esses doentes e preconceitos que dificultam a inserção tanto na sociedade, principalmente no que se refere à obtenção e manutenção de empregos e daí as dificuldades para adquirir os medicamentos epiléticos”, aponta Antónia Fortes que ressalva que apesar das sucessivas ações por parte das autoridades ligadas à saúde, esta doença continua “sub-diagnosticada, subtratada e excessivamente estigmada”.

“Neste dia internacional da epilepsia é chamar a atenção da sociedade cabo-verdiana no intuito de provocar estas mudanças, para juntos derrubarmos estas barreiras opressoras para estes pacientes”, apela.

Os tratamentos da epilepsia em Cabo Verde têm evoluído anualmente. No momento o país dispõe de quatro profissionais da área.

O dia internacional da sensibilização da epilepsia é assinalado anualmente na segunda segunda-feira de fevereiro.

C/ RCV 

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