PUB

Mundo

Breves internacionais: Donald Trump, Myanmar, OMC e Arábia Saudita

EUA: Trump admite voltar a concorrer à Presidência

O ex-Presidente norte-americano Donald Trump admitiu no último domingo candidatar-se pela terceira vez à Presidência dos Estados Unidos e recusou novamente assumir a derrota nas eleições de 2020 para os democratas.

“Na realidade, como sabem, acabam de perder a Casa Branca (…), mas quem sabe, quem sabe… posso decidir vencê-los pela terceira vez”, afirmou, numa referência aos democratas, no encerramento da Conferência de Ação Política Conservadora, em Orlando, no estado da Flórida.

Na sua intervenção, Donald Trump pediu unidade no Partido Republicano, afastando a possibilidade da criação do seu próprio partido. “Vou continuar a lutar ao vosso lado. Temos o Partido Republicano, vai ser forte e unido como nunca antes. Não vou lançar um novo partido, isso foi uma notícia falsa”, sublinhou.

Sobre Biden, disse que “teve o primeiro mês mais desastroso de qualquer Presidente da história moderna”.

Myanmar: União Europeia condena repressão e confirma sanções

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, condenou, Domingo, a repressão violenta da junta militar no poder contra os protestos em Myanmar, que provocaram pelo menos 18 mortos nas últimas horas.

Segundo órgãos de imprensa internacionais, as autoridades estão a agir com violência contra um número elevado de manifestantes desarmados disparando munições reais contra os manifestantes desarmados, tendo já detido um número indeterminado de pessoas, entre eles jornalistas e repórteres de imagem que se encontravam a fazer a cobertura das manifestações que decorrem há várias semanas no país.

Myanmar (antiga Birmânia) encontra-se a braços com uma onda de protestos pró-democracia e apelos à restauração da democracia e à libertação dos políticos eleitos detidos pelas forças de segurança, incluindo a líder deposta Aung San Suu Kyi na sequência de um o golpe de estado dos militares, alegando fraude eleitoral cometida nas eleições legislativas de Novembro passado, nas quais a Liga Nacional para a Democracia, partido de Suu Kyi, venceu por esmagadora maioria. San Suu Kyi encontra-se em prisão domiciliar.

Estima-se que pelo menos 30 pessoas já morreram em decorrência da violência desencadeada após o golpe militar na Birmânia, que completa um mês nesta segunda-feira.

OMC: Nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala assume hoje liderança

A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, escolhida por consenso no passado dia 15 de Fevereiro, assume a partir de hoje o cargo de directora-geral liderança da Organização Mundial do Comércio (OMC), tornando-se a primeira mulher e a primeira africana neste cargo.

Após a nomeação, Okonjo-Iweala, de 66 anos, divulgou um comunicado a defender um relançamento da OMC para a tornar uma instituição “forte” e apoiar a recuperação da economia mundial após a pandemia de covid-19.

Dias depois, em declarações à AFP, a nigeriana apontou como objectivos imediatos melhorar o acesso dos países pobres às vacinas contra a covid-19 e resistir às tendências proteccionistas para que o comércio livre possa contribuir para a recuperação económica.

Ngozi Okonjo-Iweala foi por duas vezes ministra das Finanças da Nigéria e chefiou a diplomacia do país durante dois meses. Começou a sua carreira em 1982 no Banco Mundial, onde trabalhou durante 25 anos.

A nova líder da OMC nasceu em 1954 na Nigéria, mas passou grande parte da sua vida nos Estados Unidos, onde estudou em duas prestigiadas universidades, o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e Harvard.

Arábia Saudita: Autoridades refutam relatório dos EUA sobre assassinato do jornalista Kashoggi

A Arábia Saudita refuta o relatório da inteligência dos Estados Unidos que relaciona o príncipe herdeiro do reino, Mohamed bin Salman, com o assassinato do jornalista Jamal Kashoggi a 2 de Outubro de 2018, após uma briga no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia.

Num comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita considerou essa avaliação negativa, falsa e inaceitável da liderança do reino no caso Kashoggi. “O governo do Reino da Arábia Saudita considera que este relatório contém informações e conclusões imprecisas”, afirma o comunicado, acrescentando que os réus do caso foram considerados culpados e sentenciados pelos tribunais do Reino, e que a família de Jamal Khashoggi recebeu bem essas condenações.

Durante a última etapa de seu mandato, Donald Trump minimizou a suposta responsabilidade do príncipe na morte de Kashoggi, de forma a não afectar as relações entre Washington e Riad, devido ao papel da nação árabe na política da Casa Branca no Oriente Médio. O regime saudita é o principal aliado dos americanos no mundo árabe, tendo em vista as suas vastas reservas de petróleo e sua rivalidade com o Irã.

O relatório da inteligência dos Estados Unidos foi divulgado um dia após Biden ter feito a sua primeira conversa telefónica com o rei da Arábia Saudita, Salman, pai de Mohammad,  gesto que é tido uma estratégia para reduzir o impacto negativo  do caso Kashoggi na relação entre os dois países.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken disse que o governo tenta evitar uma “ruptura nas relações bilaterais”. Ao invés disso Washington pretende “recalibrá-las, para que estejam mais em linha com os nossos interesses”, afirmou.

PUB

PUB

PUB

To Top