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Covid-19

Governo suspende vacinas da Astrazeneca 

O Ministério da Saúde decidiu esperar que “as dúvidas” levantadas sobre os efeitos secundários da vacina Astrazeneca “sejam totalmente esclarecidas”, antes de iniciar a administração das 24 mil doses dessas vacinas que chegaram ao país na madrugada de sexta-feira, 12.  Mas, o plano de vacinação arranca como previsto no dia 19, apenas com as vacinas da Pfizer.

 A informação foi avançada pelo Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, numa publicação na sua página do Facebook, na noite desta segunda-feira,15.

 “No dia 19, tal como previsto, iniciaremos a vacinação dos profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate ao Sars-cov-2 com a vacina da Pfizer”, reforçou o ministro, recordando que a OMS e a Agência Europeia de Medicamentos ainda “não encontraram nenhuma relação entre a vacina e os casos de hemocoagulação que foram relatados”.

 “Todavia, manda o princípio da precaução que as dúvidas levantadas sejam totalmente esclarecidas”, explicou.

 Arlindo do Rosário diz ainda acreditar que um esclarecimento seja dado nos próximos dias.

 Até lá, adiantou, o Ministério da Saúde e da Segurança Social, em estreita articulação com a Entidade Reguladora da Saúde – ERIS, vai acompanhar de perto o evoluir da situação e fazer as devidas recomendações ao Governo por forma a permitir uma decisão devidamente ponderada e responsável antes de se iniciar com a aplicação da vacina.

 Pese embora não sejam dados detalhes quanto à conservação, e o número de dias que a vacina pode aguentar até ser aplicada em boas condições. 

 A nova decisão do Governo em cancelar, para já, a vacina da Astrazeneca, surge depois de Ulisses Correia e Silva ter dito na madrugada da chegada da vacina, 12 de Março, que a mesma era segura, já quando confrontado pelos jornalistas sofre as suspeitas de alergias graves e trombose que a mesma estava a levantar na Europa.

 “Não há evidências científicas de que há uma relação entre a trombose e a aplicação da vacina. Portanto, nós estamos a seguir aquilo que são as normas gerais recomendadas pela OMS e não há nenhuma contra-indicação ao uso da vacina Astrazeneca”, justificou na altura o PM.

 O certo é que as suspeitas levantadas na Europa sobre os possíveis efeitos secundários graves, deixaram em alerta a sociedade cabo-verdiana que começou a levantar questões sobre a segurança da vacina e a mostrar-se reticente quanto à sua toma. 

 Astrazeneca cancelada em 15 países da Europa

Nos últimos dias cerca de 15 países da União Europeia suspenderam a aplicação da vacina. O último a entrar para a lista foi Portugal, que junta-se a Espanha, Itália, Alemanha, França, Holanda, Dinamarca, Noruega, Bulgária, Irlanda, Áustria, Estônia, Lituânia, Luxemburgo e Letônia.

Enquanto isso, a OMS garante que a vacina da Oxford, produzida pela farmacêutica Astrazeneca, é segura e que não há indícios científicos que justifiquem a sua suspensão. Entretanto, esta segunda-feira o director geral da OMS disse que a decisão de suspender a vacina é um “procedimento de rotina” e uma prova de que os sistemas de vigilância estão funcionando.

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