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Santiago

Turistas nigerianos denunciam deportação infundada e discriminação no aeroporto da Praia 

Um grupo de turistas nigerianos foi impedido de entrar em Cabo Verde, após chegar ao Aeroporto Internacional, na Cidade da Praia, num voo da Air Senegal. No Twitter, a situação foi denunciada e o grupo chegou mesmo a apresentar uma queixa formal contra Cabo Verde. 

O incidente aconteceu na sexta-feira, 02, no aeroporto internacional da Praia, à chegada de um voo da Air Senegal, envolvendo  um grupo de turistas africanos, todos alegando possuir teste negativo à covid-19 e que pretendiam passar o período da Páscoa em Cabo Verde.

O grupo garante que, além do teste negativo, comprovaram o pagamento de alojamento, fundos em escudos cabo-verdianos e bilhete de regresso com data de 05 de Abril, segunda-feira.

 Ainda assim, segundo dizem, foram colocados numa sala à parte e de seguida deportados para Dakar.

A situação foi denunciada em várias publicações no Twitter, acusando o país de discriminação, já que aos turistas “brancos” foram autorizados a entrada em Cabo Verde.

“Se houvesse uma restrição ao turismo então todos que estavam no aeroporto, pelo mesmo motivo, deveriam ser deportados”, defendeu.

Em uma das publicações, Teniola Tayo, uma das integrantes do grupo, escreveu que “segundo o funcionário do aeroporto de Dakar, esta tem sido uma ocorrência regular com a Fly Air Senegal”.

“Eles vendem bilhetes todos os dias e devolvem pessoas todos os dias. Os funcionários reclamam que Cabo Verde é particularmente problemático”, escreveu.

A jovem explicou ainda, numa sequência de publicações na mesma rede social, que ao questionarem as autoridades sobre o motivo de deixaram passar os ocidentais e não os africanos, eles responderam que são eles a decidir quem pode entrar ou não no país.

“Estamos no aeroporto esperando pelos nossos passaportes como se fossemos criminosos”, escreveu, acrescentando que estava feliz por poder ver a realidade da integração.

“Tenho conversado muito com amigos que tentam, sem sucesso, me convencer a conseguir um segundo passaporte. Então, este foi um lembrete gritante sobre a realidade de ser um nigeriano no mundo e na África. Adeus Cabo Verde. Você devia se envergonhar”, terminou, Teniola Tayo.

Foram, ao todo, sete pessoas repatriadas, sendo três nigerianos, um queniano, um costa-marfinense, um guineense e um jordano, este último que, segundo as publicações, possui vistos nigerianos no seu passaporte.

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