O líder dos democratas-cristãos que teve de cancelar uma deslocação à ilha do Sal, prevista para quarta-feira (14), promete que se estiver no governo, vai pôr fim ao monopólio nos transportes aéreos domésticos e rever o contrato de concessão da Cabo Verde Interilhas.
Monteiro começou o dia de campanha em São Domingos, Santiago Sul, um plano B, depois de cancelada a viagem à ilha do Sal.
A alteração de planos voltou a colocar a questão dos transportes interilhas na rota da campanha do líder da UCID.
“A política dos transportes em Cabo Verde no mandato deste governo tem sido um autêntico desastre. Imaginem que eu para chegar a São Vicente, teria que sair do Sal à meia-noite, para chegara São Vicente amanhã (quinta-feira) por volta das 13 horas, se tudo corresse bem. É terrível, não é aceitável que num país soberano, quem define a política dos transportes aéreos e marítimos sejam duas companhias estrangeiras. Algo não está bem e o governo do MpD entende que as coisas estão a correr bem”, disse António Monteiro.
O candidato da UCID garante que a ligação entre as ilhas vai ser revista, caso o partido vier a ser governo,.
“Nós temos que rever a política ou o contrato assinado com a Cabo Verde Interilhas, porque nós pagamos mais de 600 mil contos por ano, mais de 50 mil contos por mês, sensivelmente 2000 contos por dia. Para ter este péssimo serviço, não se aconselha. A nível dos transportes aéreos domésticos, temos pura e simplesmente que colocar uma outra companhia cabo-verdiana para fazer concorrência à TIC e portanto darmos aos cabo-verdianos uma outra oportunidade em termos de viagens”, acrescentou.
À chegada a São Vicente na tarde de quarta-feira, 14, António Monteiro ainda teve tempo para improvisar um pequeno comício na praça Estrela. O líder da UCID vai permanecer na ilha até o final da campanha.
A UCID candidata-se a todos os círculos eleitorais, na corrida aos 72 lugares disponíveis no Parlamento cabo-verdiano.
C/ TCV
