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Myanmar: Exército abre fogo sobre médicos em protesto

As Forças de Segurança de Myanmar (antiga Birmânia) dispararam tiros, hoje, numa manifestação de pessoal médico, na Cidade de Mandalay e detiveram cerca de 20 pessoas num novo dia de protestos contra a Junta Militar.

Segundo o portal “Mizzima News” – retomado pelo pt.euronews.com -, dezenas de trabalhadores da Saúde reuniram-se em Mandalay, a segunda Cidade daquele País asiático, para protestar contra a Junta Militar, mas as Forças de Segurança dispersaram, abrindo fogo e ferindo várias pessoas.

Desconhece-se, ainda, o número de possíveis mortos ou números exactos sobre feridos, num contexto de opacidade de informação, devido aos cortes diários do sinal da Internet e às dificuldades dos poucos meios digitais independentes que ainda estão activos.

Myanmar celebra o Ano Novo Budista desde terça-feira, mas as comemorações tradicionais foram suspensas em muitos lugares e os protestos em diferentes partes do País estão a encher as ruas.

A brutalidade das Forças de Segurança provocou severas críticas e sanções por parte da União Europeia e de países como os Estados Unidos, o Reino Unido e o Canadá, embora a Comunidade Internacional não tenha conseguido chegar a acordo sobre acções comuns, tais como um embargo de armas.

Segundo dados da Associação de Assistência aos Prisioneiros Políticos (AAPP), pelo menos 714 pessoas morreram, devido à repressão militar, enquanto mais de três mil pessoas foram detidas, incluindo a líder governamental deposta e Prémio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi.

O Exército birmanês justificou o Golpe de Estado com uma alegada fraude eleitoral nas Eleições de Novembro passado, em que o Partido da ex-líder civil, Aung San Suu Kyi, de 75 anos, venceu, e que foram consideradas legítimas pelos observadores internacionais.

Prémio Nobel da Paz em 1991, Suu Kyi, que chefiava, de facto, o Governo birmanês e foi afastada do Poder, está em prisão domiciliária, em Naypyidaw, desde o Golpe Militar.

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