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Covid-19

Brasil: Milhares não voltam para tomar a segunda dose da vacina

Taxa de abandono é esperada por especialistas brasileiros, mas falta de imunizantes, intervalos entre doses e “fake news” (falsas notícias) podem confundir as pessoas.

Mais de 500 mil pessoas – reporta o sítio da cnnbrasil.com.br -, ainda não compareceram aos postos de vacinação, no Estado de São Paulo, para tomar a segunda dose da vacina, contra a COVID-Em todo o Brasil, quase dois milhões de indivíduos fizeram o mesmo.

Alguns dos motivos apontados por especialistas para o abandono da segunda dose são a escassez de vacinas, a confusão sobre o intervalo entre elas, o medo de reacções adversas, a dificuldade de acesso às salas de vacinação e a confiança em informações falsas sobre os imunizantes.

O não-comparecimento para a segunda aplicação é denominado, tecnicamente, de “taxa de abandono”, e é esperado por especialistas em imunização, sobretudo para vacinas que precisam de mais de uma dose.

É “um clássico” – segundo Renato Kfouri, director científico da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). “Gente que teve reacção após a primeira dose e desistiu de tomar a segunda ou simplesmente se esqueceu, além da falta de vacinas são algumas explicações”, afirma Kfouri.

Os dados da taxa de abandono, no entanto, devem ser vistos com cautela, segundo o director da SBIm. Isso porque a falta de integração entre os sistemas de dados que computam o total de vacinados pelo País, impede a precisão dessas informações em tempo real.

Nos locais onde não há sistemas integrados com o PEI (Programa Estadual de Imunizações, que alimenta o Programa Nacional de Imunizações), os dados são computados manualmente, para, depois, serem repassados ao Sistema Informatizado em Unidades de Saúde com computadores.

Presentemente, há no Brasil três vacinas disponíveis contra a COVID-19, com intervalos entre doses diferentes. Para os imunizantes da AstraZeneca/Oxford (Fiocruz) e da Pfizer o período é de 12 semanas; para a Coronavac (Sinovac/Instituto Butantan) é de 28 dias. “Esses intervalos entre doses diferentes para cada vacina tendem a confundir alguns”, frisa o director científico da SBIm.

Ao tomar a primeira dose, a data do retorno deve estar escrita no cartão vacinal entregue durante a imunização. Se isso não ocorrer, é preciso pedir para o profissional incluir uma data conforme o prazo estabelecido entre as doses.

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