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Guiné-Bissau: PAIGC aceita derrota do seu líder nas Presidenciais de 2019

O PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) aceitou os resultados das Eleições Presidenciais de Dezembro de 2019,  na Guiné-Bissau, e que ditaram a derrota do seu líder, Domingos Simões Pereira.

A posição do PAIGC faz parte das resoluções da Reunião do “Bureau” Político – a que o portal dw.com teve acesso -, que teve lugar no sábado, 5, em Bissau, após um interregno de mais de um ano, devido à Pandemia de COVID-19.

O Partido considera que estão esgotadas todas as reivindicações, com o pronunciamento, em Setembro passado, do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que estava a apreciar um Contencioso Eleitoral, em decorrência de reclamações apresentadas por Domingos Simões Pereira, que invocou irregularidades no Apuramento Final dos Resultados Eleitorais.

Por ser a última Instância de Recurso Eleitoral, o PAIGC defende que apenas lhe resta aceitar o veredicto eleitoral, mas lembra que, já em Setembro, o presidente do Partido, Domingos Simões Pereira, tomou a mesma posição, de forma pública.

Antes daquela data, o Partido nunca aceitou os resultados finais das Eleições, proclamadas pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), a quem acusa de ter cometido irregularidades no Apuramento Final dos Resultados.

Nas resoluções da Reunião de sábado – e só publicadas no domingo, 6 -, o PAIGC diz que “reitera a aceitação do veredicto da Corte Suprema de Justiça ,que validou os resultados eleitorais proclamados pela CNE e que deu, como derrotado, o candidato Engº Domingos Simões Pereira na 2ª volta das Eleições Presidenciais de 29 de Dezembro de 2019”.

Exigências

Apesar de reconhecer os resultados das Eleições, Domingos Simões Pereira reitera a sua disponibilidade de só reconhecer Umaro Sissoco Embaló como Presidente eleito da Guiné-Bissau, se este tomar posse, “formalmente”, à luz da Lei daquele País Lusófono da África Ocidental.

Numa entrevista na passada quinta-feira, à “Rádio Jovem de Bissau”, Simões Pereira afirmou que só considerará Sissoco Embalo Presidente, se este tomar posse perante o Parlamento bissau-guineense, o que, disse, ainda não aconteceu.

Pereira lembrou que Embaló “tomou posse, simbolicamente, num hotel de Bissau”, no dia 27 de Fevereiro de 2020, quando ainda se esperava pelo pronunciamento do STJ, sobre o Contencioso Eleitoral suscitado pelo PAIGC.

O  “Bureau” Político apreciou a Situação Política do País, pronunciou-se para um distanciamento do Partido em relação aos posicionamentos de activistas e militantes nas redes sociais, e, ainda, aprovou várias Moções de Solidariedade para com as populações e dirigentes.

Neste particular, o Partido aprovou uma Moção de Confiança a Domingos Simões Pereira, “pela forma sábia e competente” com que tem dirigido o PAIGC, perante uma “crise persistente” no País.

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