A Defesa classifica a extradição de Alex Saab como “um verdadeiro suicídio Constitucional de Cabo Verde”. Esta reação da sua equipa de defesa foi conhecida após a decisão do Tribunal Constitucional de não se opor à extradição do enviado especial do presidente da Venezuela, para os Estados Unidos.
Em comunicado à rádio pública, os defensores do cidadão venezuelano afirmam que a decisão, conhecida nesta quarta-feira, 8, representa a morte do estado de direito de Cabo Verde.
Para eles, o Acórdão do Constitucional Cabo-verdiano é um documento mal escrito, mal argumentado e juridicamente incoerente.
No comunicado ainda afirmam que, na falta de argumentos convincentes, os juízes do Tribunal Constitucional lançam mão de uma linguagem confusa “capaz de fazer vergonha a um estudante de direito”.
Instrumentalizada
Os defensores de Alex Saab acreditam que a lei cabo-verdiana foi instrumentalizada para fins claramente políticos e dizem, também, que esta decisão judicial é um “redondo não” ao Tribunal da Justiça da CEDEAO, onde relembram que, em Março, havia sido pedida a libertação de Alex Saab por considerarem a sua detenção ilegal.
A equipa de desefa do venezuelano promete ainda continuar a lutar até que a liberdade do cidadão seja ganha.
Recorde-se que Alex Saab, de 49 anos, foi detido em 12 de junho pela Interpol e pelas autoridades cabo-verdianas, durante uma escala técnica no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, com base num mandado de captura internacional emitido pelos Estados Unidos da América (EUA), que o consideram um “testa-de-ferro” do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. De recurso, em recurso, a Defesa de Saab não conseguiu travar a extradição para os Estados Unidos da América.
C/ RCV