O ministro da Indústria, Comércio e Energia garantiu, esta quinta-feira (9), que “ninguém vai pagar mais” pela eletricidade, do que pagava antes da pandemia da covid-19, isto na sequência do aumento do preço em 37% anunciado pela ARME, a partir de 1 de Outubro.
A garantia foi dada hoje pelo ministro Alexandre Monteiro, em conferência de imprensa, na cidade da Praia, convocada para reagir à variação do preço da eletricidade, na ordem dos 37%, veiculada pela Agência Reguladora Multissectorial da Economia (ARME).
“Atualmente, em vários países com regime de preços transparentes, as pessoas estão a pagar mais do que pagavam pelo consumo de eletricidade, no início da pandemia. Em Cabo Verde mesmo com este aumento anunciado, e decidido pela ARME, ninguém vai pagar mais do que pagava no início da pandemia, isto graças às políticas adotadas por este Governo de proteção à economia, às famílias e às pessoas”, explicou o governante.
O ministro adiantou que desde o início da pandemia houve duas reduções consecutivas no preço da energia, com o país a chegar à tarifa de eletricidade “mais baixa de sempre”, na história de Cabo Verde.
“Com a retoma das atividades no mundo, houve um ajustamento de preço e, portanto, regressamos com essa atualização. No mês de março de 2019 pagava-se pela tarifa de baixa tensão cerca de 24$00 e a tarifa fixada, agora, com esse aumento passou de 18 para 24$00. Mas antes, já custava 24 escudos por kw/h”, sustentou.
Variação
A questão que se coloca, agora, segundo Alexandre Monteiro, é a variação, já que as descidas foram registadas em duas etapas e a subida, agora, em apenas uma etapa.
Neste sentido, o ministro anunciou que o Governo vai tomar medidas para “proteger e amortecer” esse choque.
“Por causa desta variação, o Governo vai tomar medidas para proteger e amortecer esse choque, e essas medidas vão ser anunciadas antes da entrada em vigor dessas novas tarifas anunciadas pela ARME. O Governo vai tomar medidas com impacto na redução do preço da eletricidade, sobretudo, para o segmento da população que mais necessita”, declarou Alexandre Monteiro.
C/RCV