O jovem Brundino Pires procurou o A Nação online para denunciar o atraso de quatro meses no pagamento do subsídio de estágio por parte do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Segundo o jovem, desde a assinatura do contrato, em maio, ainda não lhe foi pago nenhum mês referente ao estágio.
Com o término da formação profissional em Cuidadores de Dependentes, no Sal, Brundino ingressou, em maio, num estágio remunerado pelo IEFP e, conforme denuncia, desde então, está com quatro meses de subsídio em atraso.
“O contrato assinado em maio dispunha, num dos seus números, que o IEFP se comprometia a conceder-me um subsídio de estágio no valor mensal de 11 mil escudos. Verifica-se que o acordo não foi cumprido”, denuncia.
Situação insuportável
E é neste sentido que apela ao IEFP a cumprir o acordo, por estar numa situação considerada “insuportável” e a viver com quatro mil escudos pagos pela entidade empregadora. Segundo o jovem, essa entidade tem “mentido descaradamente” aos estagiários.
“A vossa instituição nos mentiu e cada vez que nos deslocamos aos vossos balcões, além do mau atendimento, somos forçados a ouvir desculpas por parte da instituição. Não estou a pedir nada além do que é meu, por direito, e que foi convosco acordado”, avança Brundino, num apelo dirigido directamente ao IEFP, solicitando a resolução imediata do atraso.
O caso de Brundino ilustra o problema de vários estagiários em todo o país que encontram-se na mesma situação, com subsídios em atraso e sem respostas da entidade.
O IEFP, entretanto, já admitiu os atrasos a “alguns estagiários”, mas ainda não se pronunciou oficialmente sobre a situação dos estagiários a nível nacional e nem dá perspectivas de resolução dos atrasos em questão.
