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Três filhas do Sagrado Coração de Maria fazem votos perpétuos na paróquia de S. Miguel

Por: Aidê Carvalho

Obediência, castidade e pobreza: são os votos de quem opta pela vida consagrada. No caso das irmãs Jaquilina Fernandes, Lucilene Delgado e Sílvia Furtado é acrescentado o voto perpétuo. O “sim” definitivo das três filhas do Sagrado Coração de Maria foi dado domingo passado, na Paróquia de S. Miguel Arcanjo, Interior da ilha de Santiago, de onde é natural duas das religiosas.

A cerimónia de celebração dos votos perpétuos das irmãs da referida congregação foi presidida pelo Bispo da Diocese de Santiago, Cardeal D. Arlindo Furtado, e contou com a presença da irmã Romualda Tavares, Superiora Provincial e da Superiora Geral da Congregação, Mére Marie Diouf, que se deslocou do Senegal juntamente com uma delegação que integra cinco irmãs e um sacerdote.

Na sua homilia, Cardeal D. Arlindo Furtado, destacou três palavras: Conhecimento, fé e compromisso. Segundo argumenta “Na vida é preciso ter metas e tomar decisões “.  E reforça em crioulo: “E ka fika ta boia”! Considera que para esta aliança definitiva com Jesus esposo “é preciso conhecer a Sua palavra, acreditar, saborear e sentir a experiência de Deus, ter fé”.

Para Bispo D. Arlindo Furtado o ponto de referência matrimonial é Jesus com a sua Igreja, por isso exortou as três professantes a cuidar do compromisso, alimentar e viver cuidar da vocação de uns aos outros e a serem perseverantes no seguimento de Cristo.

As professantes manifestaram o desejo de, com auxílio da graça divina, abraçar para sempre a mesma vida e perfeita castidade, obediência e pobreza que Cristo a sua Mae escolheram.

A irmã Lucilene Maria Nadir Delgado, em nome do grupo, destacou a sua entrega definitiva à Deus e à Igreja, manifestando a sua satisfação pelo aguardado momento, depois de uma longa caminhada de sequência de “sins” que agora culmina com o “sim” definitivo.

“É como o coração a transbordar de alegria e gratidão que damos graças à Deus, Senhor da vida e da história por todas as maravilhas realizadas na nossa vida, pelas graças recebidas, pelo dom da vida, da saúde e da vocação religiosa que Ele nos concedeu por amor. Deus nos conduziu ao longo deste percurso e nos enviou pessoas como luzes desta nossa jornada. Somos gratas por Deus nos escolher e pelas inúmeras benções recebidas ao longo desta caminhada. Obrigada à todos que nos ajudaram e nos acompanharam, desde o despertar vocacional até a nossa entrega definitiva como religiosas, filhas do Sagrado Coração de Maria”, disse a irmã Lucilene Delgado.

Chamado de Deus ao serviço do próximo

“Eu senti o chamado de Deus e quis ser religiosa”, assim resume a história de das três irmãs que cresceram no seio da família católica.

Não têm medo de se arrependerem da escolha que fizeram e que muitos consideram radical. Consideram que o amor de Jesus é muito mais forte e mostram-se alegres por terem dado o seu sim, sob o lema “Para quem iremos, Senhor”? Tu tens palavras de vida eterna”.

Prometem estar ao serviço do próximo, fazendo jus ao lema de quem consagra-se totalmente a Deus para colaborar com sacerdote, na evangelização dos seus irmãos : “Tudo por Jesus e pelo Sagrado Coração de Maria”. De espiritualidade Mariana, as irmãs procuram encarnar as virtudes do Coração de Maria no dia-a-dia, levando uma vida que tem por modelo a Virgem Maria. Consagram as suas vidas ao serviço do próximo, em ações concretas: nas escolas, nos hospitais, nas paróquias, nos movimentos de apostolado, centro de formação humana e acompanhamento de pessoas em situação de riscos sociais. 

Irma Jaquilina Maria da Luz Veiga Fernandes é natural da Paróquia de s. Miguel Arcanjo, comunidade de Nossa Senhora do Carmo, enquanto que a irmã Sílvia Maria Tavares Furtado, da mesma paróquia, pertence à comunidade de Santo António (Ribeireta). Já a irmã Lucilene Maria Nádir Miranda Delgado é da paróquia de Sato Crucifixo, comunidade de Santo Antão.

Histórico

A Congregação das Filhas do Sagrado Coração de Maria nasceu um Dakar (Senegal) a 24 de Maio de 1858, sob impulso do Bispo Aloyse Kobés.  Está presente em todas as Dioceses do Senegal, Guiné- Bissau, Níger, Tchade, África Central, Mauritânia, França e em Cabo Verde, onde chegou em 1976, logo após à Independência Nacional.

Publicada na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 730, de 26 de Agosto de 2021

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