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Economia

Empreendedorismo: Lita da Graça contorna pandemia com negócio próprio 

Adelita da Graça, ou Lita para os amigos, viu o seu emprego escorrer-lhe pelas mãos com a chegada da pandemia da covid-19 em Cabo Verde. Inspirada por uma paixão antiga, decidiu unir o útil (e necessário) ao agradável e colocar a mão na massa. A pastelaria e confeitaria é hoje a sua fonte de rendimento, na ilha do Sal, onde reside esta jovem santantonense.

Em 2020, Adelita da Graça entrou para as estatísticas do grosso número de jovens desempregados, em consequência da pandemia da covid-19. Após um ano em casa, a jovem, que desde sempre gostou de estar na cozinha para fazer, sobretudo, salgados, decidiu unir o útil ao agradável e gerar a sua própria fonte de rendimentos.

Começou a fazer doces e salgados em casa para vender e, no início de 2021, criou a marca Sabores da Tata, cujo nome é inspirado na filha.

“Cheguei no Sal em 2016 com uma demanda de trabalho. Em 2020 veio a pandemia, perdi o meu trabalho e fiquei em casa. Sempre gostei de fazer bolos e coisas de pastelaria e confeitaria, em casa, então, pensei, porque não?”, explica.

Após um ano em casa, despertou-lhe a ideia de vender os seus produtos e procurar uma nova fonte de renda.

“A primeira venda foi em 11 de março de 2021, quando eu e o meu marido criamos a marca Sabores da Tata”, especifica.

Com a divulgação do seu trabalho nas redes sociais, as encomendas foram crescendo, gradualmente. De um simples bolo, pudim ou salgado, para um lanche da tarde, Lita passou a encomendas maiores para eventos, como aniversários e já conquistou uma clientela “boa”.

Buscar conhecimento para melhorar

“Hoje, olhando para trás, vejo que consegui muito, em poucos meses de actividade”, reconhece, acrescentando que o feedback positivo dos seus clientes tem sido o gás para dar continuidade ao seu trabalho.

Entretanto, segundo explica, o resultado do trabalho que faz hoje é fruto de uma busca constante de conhecimento e muita prática.

“Quando comecei uma amiga ajudou-me muito, me ensinou a fazer outras coisas. Por outro lado, após fazer uma receita e ela dar certo, queremos fazer muito mais coisas e enriquecer o nosso menu. Durante o processo errei muito, perdi muito material, mas no final valeu a pena”, garante.

Lita, que no momento está aberta a um novo trabalho que possa conciliar com o projecto próprio que abraçou, também continua a investir no conhecimento, de forma a desenvolver, cada vez mais, o seu negócio.

Apesar de deter o quarto ano de Estudos Inglesas, neste momento está a fazer uma formação em administração e contabilidade, tendo em vista a sustentabilidade do seu negócio no futuro.

A pandemia, segundo diz, trouxe muito de negativo, mas também de positivo.

“Neste momento há muitos novos investimentos abertos, de pessoas que começaram a fazer as próprias coisas. É como se nos obrigassem a sair da zona de conforto e pensar em soluções”, explica.

A jovem, de 28 anos, é mais uma empreendedora que muniu-se das dificuldades impostas pela covid-19 para se reerguer e gerar algo de positivo, com o próprio esforço e dedicação. Nos últimos dias, criou e formalizou a sua micro empresa, denominada Sabores da Tata.

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