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Desporto

FCF não entende que tipo de “relatório exaustivo” o IDJ espera para agir à interdição do Estádio Nacional  

O presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) disse esta terça-feira não intender o porquê do Instituto do Desporto e Juventude (IDJ) diz esperar por “relatório exaustivo” para aprovar o uso do Estádio Nacional para as competições internacionais.

O Estádio Nacional, na cidade da Praia, está impedido pela Federação Internacional de Futebol (FIFA) e pela Confederação Africana de Futebol (CAF) de receber jogos internacionais. O principal ponto que ditou o não licenciamento da infraestrutura pelas duas entidades prende-se com o estado do relvado sintético do recinto.

Após a interdição da FIFA, o presidente do IDJ, Frederic Mbassa disse, esta segunda-feira (20), que a sua organização precisa de um relatório exaustivo da inspeção feita ao Estádio Nacional para saber como agir. Palavras que não caíram bem no seio da FCF.

Por sua vez, o responsável máximo da FCF, Mário Semedo, assegura que um relatório feito por um inspetor marroquino foi entregue ainda em agosto passado.

“No mês de agosto, se não me engano no dia 16, enviámos o relatório da inspeção que ele fez ao Estádio Nacional, portanto, o IDJ tem esse relatório. Estamos em condições de o provar a qualquer momento e documentalmente que eles receberem o documento. Não sei o que se pede mais e o que se pretende dizer com relatório exaustivo”, sentenciou Mário Semedo.

Conforme o IDJ, esse relatório “exaustivo” exigido deverá especificar todas as características dos relvados aceites pela FIFA.

“O que a FIFA exige é uma relva certificada. E uma relva certificada reúne todos os requisitos que o senhor presidente do IDJ está a dizer (…) e é por isso que só há um grupo de empresas certificadas para trabalharem nos relvados FIFA”, argumentou Semedo.

Histórico

Recorde-se que ontem o presidente da IDJ, Frederic Mbassa, dizia que “se calhar” falta uma melhor comunicação entre o IDJ e a FCF, o que hoje Mário Semedo negou e, recorrendo a uma série de ‘emails’ enviados ao IDJ desde 2020, afirmou que o Instituto está a “ganhar tempo”.

“O IDJ teria tido que queria avançar com a solução da relva, encontrou alguma dificuldade face à alguma relutância da empresa que construiu o estádio, no âmbito da cooperação entre Cabo Verde e a China, esta é a informação que nos foi passada. Portanto, o IDJ não pode vir agora dizer que não conhece, não sabe, isso é ganhar tempo”.

Mário Semedo lembrou ainda que tanto a FCF e o IDJ são instituições que devem trabalhar com um “objetivo único, o desenvolvimento do deporto no país, neste caso e futebol”, e que devem apresentar soluções ao invés de “coisinhas que não valem a pena” que são insustentáveis porque, segundo disse, o IDJ “não pode sustentar as afirmações que fez”, porque a FCF tem “os documentos que foram enviados”.

Por não estar licenciado, o Estádio Nacional, na cidade da Praia, não pode receber jogos internacionais.

 Assim sendo, o próximo encontro da seleção nacional a contar para a qualificação do Mundial de 2022 ante a Libéria, em outubro, será disputado no Estádio Adérito Sena, em São Vicente.

C/RCV

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