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Gilson Alves

Presidenciais: Gilson Alves defende uma maior valorização da Diáspora e mudanças na política externa

O candidato independente a Presidente da República, Gilson Alves, reiterou ontem, à noite, no último debate da RTC, com todos os candidatos, a sua vontade de fazer cair o artigo 110.º da Constituição, casa seja eleito. Artigo esse que considera um “insulto ao emigrante”, que não pode ser candidato a PR do país. Alves defende ainda mudanças profundas na política externa cabo-verdiana e disse que o SOFA é uma garessão à soberania do país.

A Diáspora foi um dos temas em destaque durante o segundo e último debate promovido, neste domingo,10, pela Rádio e Televisão públicas, entre os sete candidatos, às presidenciais de 17 de outubro.

Gilson Alves renovou o apelo à integração da emigração cabo-verdiana, pois, segundo disse, os emigrantes são de essencial valor para a economia nacional e que, até agora, são marginalizados. Neste sentido defende a queda do artigo 10º da Constituição da República.

“Cabo Verde estava na adolescência quando este artigo foi criado (…), mas hoje em dia ficaria muito dececionado se algum candidato defendesse tal artigo”, disse Alves. O independente lembrou  que os cabo-verdianos lá fora são tão cabo-verdiano como os de cá de dentro e que “a emigração tem que ser uma viagem de ida e volta”.

Saída da CEDEAO

Por outro lado, o candidato, que defende um regime presidencialista, com “poder absoluto”, criticou a política externa cabo-verdiana e sustentou a ideia de mudanças profundas nesse dossier, caso vença as eleições.

Nomeadamente, a saída de Cabo Verde da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), onde há países que não respeitam os direitos humanos, com perseguições à comunidade LGBTQIA+, como a Nigéria, país que recebeu várias críticas de Alves.

O candidatos criticou, ainda, o acordo de pesca com União Europeia que classificou de uma “esmola” e uma “agressão os nossos mares”, por ser um acordo que não favorece Cabo Verde.

“São 500 a 750 mil euros que recebemos por ano, uma esmola. Isto são duas moradias construídas na cidade da Praia”, afirmou o candidato presidencial que disse que irá pedir uma frota de pesca em troca ou “não há acordo”.

O Acordo de Defesa e Segurança com os Estados Unidos (SOFA), que não permite julgar em Cabo Verde, soldados norte-americanos que tenham cometido crimes durante a sua estada no arquipélago também foi alvo de críticas por Gilson Alves, que alega ser uma agressão à soberania do país.

12º dia de campanha entre Praia e Fogo

As ações de campanha do candidato prosseguem nesta manhã segunda-feira, 11, na cidade da Praia e à tarde Gilson Alves desloca-se à ilha do Fogo.

Recorde-se que estas são as sétimas eleições presidenciais de Cabo Verde, desde 1991, ano em que pela primeira vez a escolha do PR passou a ser feita pelo voto direto, universal e pluralista.

A eleição para o Presidente da República que irá suceder a Jorge Carlos Fonseca, no cargo, acontece no próximo dia 17 de outubro e concorrem sete candidatos: Fernando Rocha Delgado, Gilson Alves, José Maria Neves, Carlos Alberto Veiga, Hélio Sanches, Casimiro de Pina e Joaquim Monteiro.

C/RCV

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