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Gilson Alves

Presidenciais: Gilson Alves volta atrás e diz apoiar a oficialização da língua cabo-verdiana

O candidato independente às eleições presidenciais de 17 de Outubro, Gilson Alves, mudou de ideias e diz que apoia, agora,  a oficialização do crioulo, defendendo duas línguas oficiais. Esta terça-feira,12, Gilson Alves encontra-se na ilha do Fogo, ontem chegou ontem à noite, para dar início à campanha na ilha do vulcão, começando esta manhã por São Filipe.

Depois de defender que Cabo Verde deveria ficar apenas com a língua portuguesa como idioma oficial, no primeiro debate realizado pela rádio e televisão públicas, a 29 de setembro, Gilson Alves muda de ideia e apoia agora a oficialização da língua cabo-verdiana.

“Após estas viagens e os contactos que fiz com os cabo-verdianos vi que é mesmo sangue que corre nas nossas veias e sei que é um povo especial e que pode estar à altura de qualquer outro povo, acho que devemos ter duas línguas oficiais”, sustentou, referindo-se à língua portuguesa e língua crioula.

Contudo, advogou que as modalidades dessa oficialização, a variante que deverá prevalecer, podem ser discutidas posteriormente, assegurando, no entanto, que caso for eleito no dia 17, resolverá a questão em “dois segundos”.

Quanto à variante a ser oficializada, Gilson Alves acredita ser possível encontrar consensos, mas, sempre tendo em conta que quando se fala de crioulo, “fala-se de uma língua só”, mas com variantes.

Defesa dos direitos de autorais

Por outro lado, no tocante à cultura, o candidato presidencial disse querer incidir a sua influência sobre a defesa dos direitos de autor.

“Um compositor faz as suas composições e depois as vê, todos os dias, nas noites cabo-verdianas e ele continua pobre e sem ganhar nenhum tostão com as suas músicas”, frisou, referindo-se ao caso do compositor Djóia, autor da “famosa” “Súplica”, que antes da sua morte “teve de fazer um peditório para pagar uma passagem para tratamento em Portugal”.

Em Cabo Verde, referiu, existe lei sobre direitos autorais, mas, “não é aplicada”, quando deveria ser feita de “forma coerciva”.

Alves considerou que o direito dos compositores deve ser transformado num “orgulho nacional”, já que o País “produz tantos artistas”. “Para realmente termos um produto cultural industrializado e darmos aos nossos artistas uma forma de subsistência”, sustentou.

13.º dia de campanha na ilha do Vulcão

O aspirante ao Palácio do Plateau chegou na noite desta segunda-feira,11, à ilha do Fogo, onde dá início às suas ações de campanha na manhã de hoje, em São Filipe.

Recorde-se que estas são as sétimas eleições presidenciais de Cabo Verde, desde 1991, ano em que pela primeira vez a escolha do PR passou a ser feita pelo voto direto, universal e pluralista.

A eleição para o Presidente da República que irá suceder a Jorge Carlos Fonseca, no cargo, acontece no próximo dia 17 de outubro e concorrem sete candidatos: Fernando Rocha Delgado, Gilson Alves, José Maria Neves, Carlos Alberto Veiga, Hélio Sanches, Casimiro de Pina e Joaquim Monteiro.

C/Inforpress

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