O presidente da União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID), António Monteiro, está certo de que o seu apoio à candidatura de Carlos Veiga, nas eleições presidenciais de 17 de outubro, não deve prejudicar o partido. Em declarações à imprensa esta segunda-feira,18, em Mindelo, Monteiro disse ter tomado a decisão certa, tendo como pilares a justiça e a estabilidade política.
Para António Monteiro, a UCID sai ilesa desta derrota, uma vez que os maiores críticos da sua decisão “vieram do PAICV”. Um apoio dado, segundo disse, com um único propósito – Cabo Verde.
“Há muitos militantes agora da UCID, mas sabemos de onde é que vêm, vêm infelizmente do lado do PAICV, temos que dizer de forma clara”, considerou, adiantando que apesar de toda a crítica feita nos últimos dias, ele e a direcção do partido estão “firmes e convictos” de terem feito uma “boa escolha”.
O líder dos democratas-cristãos reconheceu que o partido sofreu com a derrota do candidato apoiado, em quem depositava a confiança de que seria um “grande dinamizador” para a regionalização de Cabo Verde.
Futuro nas mãos dos congressistas
Quanto à sua liderança, sublinhou que sempre esteve e está ao dispor dos militantes do partido, algo que deverá ser analisado num congresso, agendado ainda para este ano, e no qual os congressistas irão decidir que futuro dar à sua pessoa, “enquanto político e militante”.
Mesmo assim, disse estar convicto de que o trabalho feito nas eleições foi “meritório”, uma vez que a única coisa que moveu a UCID e sua própria pessoa foi encontrar o melhor candidato.
“O povo julgou diferente, e nós respeitamos”, analisou António Monteiro, que ainda felicitou o Presidente recém-eleito, na esperança de que esta possa mostrar que estava errado e ajudar a alcançar propósitos como a justiça, a regionalização e a estabilidade do país.
As eleições presidenciais que tiveram lugar no domingo, 17, deram vitória, na primeira volta, ao candidato José Maria Neves.
O professor universitário e antigo primeiro-ministro cabo-verdiano, de 61 anos, torna-se assim quinto Presidente da República de Cabo Verde, com 51,5% dos votos, de acordo com dados do apuramento provisório.
Apoiado pelo PAICV, actualmente na oposição, José Maria Neves irá suceder a Jorge Carlos Fonseca, que cumpre o seu segundo e último mandato como Presidente da República.
Carlos Veiga, também antigo primeiro-ministro, que se candidatou com o apoio do Movimento (MPD), no poder e pela UCID, também na oposição, obteve cerca de 42,6% dos votos e falhou a eleição para Presidente da República pela terceira vez.
C/Inforpress

Carlos M Silva
19 de Outubro, 2021 at 10:26
Esta é a terceira vez que o Sr. Carlos Veiga está a candidatar para esta cadeira presidencial. O que o Einstein disse, está certo e bem dito, pois não há dúvida a respeito da sua ideia. Quem insiste em fazer as mesmas coisas por mais do que duas vezes corre o risco de falhar pela terceira vez e aí o resultado será simplesmente o mesmo, uma derrota em cada tentativa. Quanto à UCID, sempre foi o lambe bota do MPD e pela certa esta derrota do Carlos Veiga não lhe vai prejudicar, como disse o seu líder. Simplesmente porque o perfil do Sr. António Monteiro é igual ao perfil da UCID que vive a reboque do MPD.
Hirondina Morais
20 de Outubro, 2021 at 5:46
António Monteiro diz que os comentário sobre a UCID vem das pessoas do PAICV mas está totalmente enganado.
O partido era visto como uma alternativa a quem não queria MPD ou PAICV e quando debruças sobre um dssses que mais fica revoltado é OS simpatizantes e OS militantes da UCID que ainda dispoem de caracter.
Carlos Veiga enquanto Primeiro Ministro nos anos 90 vendeu tudo o que era empresas publicas de Cabo Verde so faltou vender o povo.
A Nação nunca irá se esquecer seremos até hoje as consequencias do seu miserável mandato.